William Barbio vira peça-chave no esquema tático do Vasco

Sábado, 25/02/2012 - 21:34

Os elencos não tiveram mudanças drásticas em relação à temporada 2011, e os times mantiveram suas bases. Ainda assim, Vasco e Fluminense chegam à decisão da Taça Guanabara, neste domingo, no Engenhão, com um toque diferente e que se assemelha em ambos os lados. De promessas do banco de reservas, Wiliam Barbio e Wellington Nem ganharam as vagas de titulares e provocaram um desafogo tático importante.

Cruz-maltinos e tricolores sofreram com algumas dificuldades no início da temporada e críticas por conta da pouca mobilidade de seus sistemas ofensivos. Na Colina, a falta de Eder Luis foi sentida na derrota para o Nacional-URU, pela estreia na Taça Libertadores. Sem o atacante, fora desde novembro após uma cirurgia no pé esquerdo, Allan poderia servir como opção para a função de ponta direita. Mas o volante também se machucou. A opção pelo atacante cabeludo, ex-Nova Iguaçu, surgiu como solução.

Nas Laranjeiras, a tendência é que Nem explore o mesmo setor, já que o lateral-esquerdo vascaíno Thiago Feltri, de estilo ofensivo, costumar dar espaços. O atacante - que voltou de empréstimo do Figueirense e iniciou a temporada no terceiro time - chegou a ser dúvida para a final, por sentir dores no tornozelo direito. No entanto, treinou normalmente na manhã deste sábado, nas Laranjeiras.

Há duas semanas, na vitória por 2 a 1 do Vasco sobre o Fluminense, Barbio e Nem não figuravam na lista dos 22 escolhidos para o início do clássico.

- O Vasco achou essa referência de velocidade enquanto não tem o Eder Luis de volta. E o Barbio ainda acompanha o lateral, ajuda o Fagner e evita erros naquele lado. No Fluminense, o Sobis, que não é tão veloz, se juntava mais ao Fred e deixava às vezes a movimentação presa. Agora, o Nem acelera o jogo, e o time vai jogar em cima dele, sem dúvida - analisou André Rocha, dono do blog Olho Tático, do GLOBOESPORTE.COM.

A expectativa ficou por conta da pressão sobre os jovens, em suas primeiras chances no profissional de um time grande. Mas a personalidade de ambos tem sido enaltecida.

- Barbio provou sua qualidade até quando enfrentou a mesma dificuldade contra o Fluminense (no segundo tempo). Já demonstrou personalidade e confiança e sempre passa para todos no elenco que podem contar com ele, sim. Tem muita vontade, e podemos aproveitar o momento dele mais uma vez - acredita o volante Eduardo Costa, que disputa posição com Fellipe Bastos.

Dono original da posição na formação de Cristóvão Borges, Eder Luis torce pelo sucesso do companheiro, mas não vê uma dependência do esquema.

- Já provamos que podemos nos adaptar a outras situações. Mas é importante ter o Barbio bem, buscando espaço. Temos características semelhantes. Torço muito por ele - disse o camisa 7, que deve estar pronto para jogar em até 15 dias.

No Fluminense, Deco citou que a saída de Emerson, em abril do ano passado, fez o Fluminense perder força em seu contra-ataque.

- O Sobis foi muito importante em 2011, fez gols decisivos, mas tem outra característica. Raramente tivemos essa qualidade e rapidez no ataque. A entrada do Wellington Nem nos dá isso. Com ele em campo, temos mais opções e ajuda bastante. Eu, Fred e Thiago Neves não somos jogadores de contra-ataque.

Seja por lesão, opção tática ou negociações pontuais, Vasco e Fluminense chegam com 11 prováveis mudanças entre os titulares em relação ao duelo de 2011. Os cruz-maltinos trocaram seis, inclusive a dupla de ataque - já que Alecsandro estava na reserva de Elton.

Confira a análise de André Rocha sobre duelos decisivos em 2011 e 2012:



Fonte: GloboEsporte.com