O mundo dá certas voltas quando se menos espera. Quem poderia apostar que após três anos regendo o futebol de São Januário, Rodrigo Caetano fosse assumir o departamento do rival Fluminense e, logo em sua primeira final pelo novo clube enfrentar justamente a sua antiga casa? Mas é esta a situação do próximo domingo, quando o Tricolor luta com o Vasco pelo título da Taça Guanabara. Mantendo a serenidade, Rodrigo não usa a palavra destino. Para ele, a trajetória dos dois clubes nesta temporada é fruto de trabalho.
No Vasco, a continuidade do que ele iniciou há três anos e consolidou na temporada passada após a chegada de Ricardo Gomes e Cristóvão Borges. No Fluminense, também uma sequência do método imposto por Abel Braga e sua comissão a partir da metade de 2010 e que, com um ou outro ajuste, segue caminhando neste ano. Sincero, o diretor de futebol admite que fica feliz pelos antigos companheiros. Mas não esconde de ninguém que o coração hoje em dia é totalmente tricolor.
- Não é destino não. Esse encontro é fruto do trabalho Fico feliz pelo Fluminense ter chegado e pelo Vasco também, que é um resultado de um trabalho de três anos. Tenho um carinho grande por todos, inclusive pelos próprios atletas. Mas domingo e em qualquer outro jogo torço pelo Fluminense, que é o clube que hoje eu defendo. Já os enfrentei uma vez, foi um jogo parelho, mas torço por outro resultado. Espero que o Fluminense possa levantar esse título. É outra partida agora - disse.
A palavra destino volta a surgir quando se lembra que o Vasco poderia interferir na classificação do Fluminense para as semifinais da Taça Guanabara. Na última rodada, o Tricolor precisava vencer o Bangu e torcer para que o Vasco, já com a primeira colocação garantida, passasse pelo Boavista. Ficou aquela dúvida no ar se os jogadores de São Januário iriam entrar com a mesma disposição. Mas em campo o time não tomou conta do rival, venceu seu jogo assim como o Fluminense e ambos se classificaram. Rodrigo Caetano nunca duvidou disso.
- Essa situação não existe em clube grande. E isso parte principalmente dos atletas, que não vão querer sair de campo derrotados nunca. E digo que aqui no Fluminense seria a mesma coisa. Tivemos nossas dificuldades para nos classificar, mas agora estamos na final. Temos de nos preparar para não cometer novos erros - explicou.
Ajuda ao técnico Abel Braga
As perguntas sobre o Vasco ainda são frequentes em função do tempo e da trajetória que construiu no clube. E um dos que perguntam é justamente o técnico Abel Braga. Rodrigo Caetano trabalhou com praticamente todos os jogadores do elenco vascaíno e conhece muito bem a filosofia de trabalho da comissão técnica comandada por Cristóvão Borges. Caso o comandante tricolor queira algum tipo de ajuda, o diretor está pronto para ajudar.
- Pretendo dar essa ajuda. Por ter trabalhado com todos e conhecer as características do grupo e da comissão, a gente tenta adivinhar alguma coisa. É difícil prever, mas vou ajudar. Tenho uma relação ótima com o Abel e se ele me perguntar vou falar o que sei - finalizou.
Fonte: GloboEsporte.com