Faltavam menos de dez minutos para o fim do jogo no Beira-Rio. Alecsandro faz o segundo gol dele pelo Internacional na goleada de 4 a 1 sobre o Santa Cruz, no Gaúchão de 2010. Bola na rede e o então camisa 9 do Colorado corre e finge raspar a barba que não tinha. A brincadeira era uma aposta com um amigo barbudo de Porto Alegre de que se marcasse duas vezes — e igualasse a atual marca do Vasco (um gol por jogo) —, ele teria que imitar o cavanhaque de Alecsandro.
A barbicha do atacante vascaíno lembra outro jogador que marcou época no Vasco, tanto pelos gols quanto pelo estilo próprio. Valdir, duas vezes artilheiro do Estadual, foi o último vascaíno que terminou um Carioca como principal goleador, no ano de 2004 — 14 gols.
Alecsandro já marcou oito vezes em oito jogos no Carioca. Da mesma forma que usa discurso padrão de que o mais importante é o título estadual à artilharia, o jogador mantém a marca do cavanhaque desde os tempos de Vitória-BA, no início da década passada.
— Só lembro de ver o Alecsandro sem o cavanhaque uma vez, mas ele sempre teve a barba. Acho legal, até porque não vou deixar ninguém mexer. Eu também uso — brincou o amigo de Inter, o argentino Guiñazu.
Por coincidência, Valdir, desde que parou de jogar em 2005, adotou o cavanhaque no estilo Alecsandro.
— Agora que ele ficou mais velho, acho que deixou o cavanhaque para disfarçar um pouco — brincou Luisinho, técnico do Rio Branco-SP e companheiro de Valdir no tricampeonato (92/93/94).
Fonte: Extra Online