O pedido feito por um filho é díficil de negar. Mesmo aquele mais inusitado. Foi assim que Wélerson, ex-goleiro do Fluminense, campeão carioca em 1995, parou na manhã deste sábado na longa fila para comprar ingressos na torcida do Vasco no Engenhão para a decisão da Taça Guanabara, entre os dois times, domingo, às 16h (de Brasília).
Com o mesmo nome, Wélerson teve a influência do avô Alcebíades para se tornar vascaíno. Aos 15 anos, morou algum tempo na Grécia, onde o pai trabalhou como preparador de goleiros do Aris Salonika. Lá, acompanhou de longe o rebaixamento do clube de coração e chorou. Agora, espera acompanhar o título da Taça Guanabara de perto.
- Quero assistir ao jogo. Meu pai tentou me fazer ser Fluminense, cheguei a torcer um tempo, mas acabei sendo Vasco por causa do meu avô - comentou Wélerson, que lembra de um empate em 1 a 1 com o Internacional, em São Januário, em 2006, como sua primeira vez, quando Valdiram marcou o gol do Vasco.
Wélerson fez seu papel de pai. Ele obrigou o filho a enfrentar a fila na manhã deste sáado, deixando de lado a academia de musculação. De carro, saiu de Vila Valqueire para fazer a vontade do menino.
- O que um pai não faz por um filho. Tenho que vir sempre aos jogos com ele. Um tricolor comprando ingresso na torcida do Vasco. Meu sogro (Alcebíades) comprou o garoto - brincou Wélerson, que vai concluir o curso de treinadores da CBF em dezembro.
Com convite para fazer testes como goleiro do Fluminense, Wélerson precisará vencer a contrariedade do pai, que prefere o basquete. Mas o sonho do jovem é mesmo seguir a carreira no futebol.
- Maluco na família só um. Chega - brincou Wélerson, amigo de Carlos Germano, preparador de goleiros do Vasco, e Fernando Prass, com quem jogou no Coritiba.
Fonte: GloboEsporte.com