Criticado por parte da torcida do Vasco no segundo tempo da partida contra o Flamengo, Diego Souza acabou sendo o herói da classificação para a final da Taça Guanabara, marcando o gol da vitória por 2 a 1, no Engenhão. Embora tenha um retrospecto ainda modesto no que se refere a clássicos regionais defendendo outras equipes, o jogador encontrou em São Januário a estrela que brilha quando a equipe enfrenta seus maiores rivais. Assim, ele sente-se recompensado mesmo quando não atua da maneira como gostaria, como na última quarta-feira.
Desde 2004, Diego Souza viveu algumas das maiores rivalidades do Brasil. Por Fluminense, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Atlético-MG, disputou alguns dos principais clássicos do país. No entanto, no Vasco vem se mostrando decisivo nessas ocasiões. Em sua estreia pelo Cruz-Maltino, no ano passado, deixou sua marca na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo.
No total, são 53 clássicos disputados por seis equipes. Foram 26 vitórias, 16 empates e 11 derrotas, além de nove gols marcados. O último deles Diego Souza avalia como de extrema importância para sua afirmação na partida e fundamental para os objetivos do Vasco na temporada.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o camisa 10 do Vasco falou sobre a celebração de um dia em que tudo parecia que daria errado para ele, mas que terminou em festa.
Você costuma marcar gols em clássicos regionais. Qual é a motivação de disputar uma partida dessa grandeza?
Esses são os grandes jogos. É nos clássicos e jogos decisivos que você tem oportunidade de entrar para a história de um grande clube. E quando se junta as duas coisas, então... Um clássico numa semifinal é sempre muito marcante. O grande jogador tem que ter motivação de jogar esses jogos. Caso contrário, não chega a lugar nenhum.
Durante a partida você, chegou a ser criticado pela torcida do Vasco, mas marcou o gol da vitória. Acredita que tem uma estrela para brilhar em momentos decisivos?
Ontem na saída de campo eu reconheci isso. A torcida tem o direito de cobrar e realmente ontem não tive uma atuação das melhores. Isso é bom por um lado, pois mostra que a torcida do Vasco espera muito de mim. E se esperam muito de mim é porque sabem que eu posso jogar mais. Graças a Deus pude ajudar mesmo assim, fazendo o gol da vitória e da classificação para a final. Não sei se a palavra certa é estrela, pois acho que sorte só acompanha quem trabalha sério. Mesmo não tendo uma atuação brilhante, não deixei de acreditar em nenhum momento nos lances que disputei. Acabei premiado por essa dedicação.
Fala-se que você ainda não atingiu a forma física ideal. Concorda?
Concordo, sim. Mas vale lembrar que ainda estamos no início da temporada. Sou um jogador que tem um estrutura física avantajada e muitas vezes uso isso a meu favor para proteger a bola de um adversário, ou numa dividida. Mas sei que ainda posso melhorar um pouco na parte física e estou chegando perto desse ideal. A tendência é estar melhor a cada jogo e muito em breve estar na minha melhor condição.
Como é ser o herói de uma partida marcada por aquele erro do Deivid?
É claro que a gente, que é companheiro de profissão, fica se colocando no lugar do Deivid, que é um grande jogador e uma grande pessoa. Sabemos que estamos sujeitos a um erro desses. Como ele mesmo disse, só erra quem está lá. É complicado...
O que representou a vitória do Vasco sobre o Flamengo para você, por ter marcado o gol, e para toda a equipe?
Como já disse, pessoalmente marcar o gol foi muito importante pra mim. Ainda mais do jeito que foi, chorado, nos minutos finais do jogo... Só que foi muito mais importante para a equipe, pois coroa um trabalho muito legal que estamos fazendo aqui, com 100% de aproveitamento. Agora precisamos manter o foco, pois ainda falta uma partida para podermos comemorar o título do turno. Independentemente de quem seja o adversário na final, tenho certeza de que teremos um jogo duríssimo pela frente.
Confira o retrospecto de Diego Souza em clássicos regionais:
Pelo Fluminense: 12 jogos / 5 vitórias / 4 empates / 3 derrotas - nenhum gol
Pelo Flamengo: 6 jogos / 2 vitórias / 2 empates / 2 derrotas - 2 gols
Pelo Grêmio: 2 jogos / 2 vitórias - 1 gol
Pelo Palmeiras: 20 jogos / 10 vitórias / 6 empates / 4 derrotas - 3 gols
Pelo Atlético-MG: 3 jogos / 2 vitórias / 1 derrota - nenhum gol
Pelo Vasco: 10 jogos / 5 vitórias / 4 empates / 1 derrota - 3 gols
Fonte: GloboEsporte.com