Mal o jogo do Vasco contra o Volta Redonda acabou, houve reunião no vestiário cruz-maltino. Mas nada que tivesse ligação com o que aconteceu em campo. O diretor executivo do clube, Daniel Freitas, teve uma conversa com Bernardo para tentar entender o que aconteceu fora das quatro linhas. O meia entrou na Justiça contra o Vasco pelo não recolhimento do FGTS e pode estar de saída da Colina. O discurso do clube, entretanto, é de que não há essa dívida.
- Estamos analisando, não fomos citados, tudo para nós é boato. Vamos esperar e, se for verdade, vamos tomar as medidas cabíveis. Primeiro, precisamos saber se esta acontecendo esse fato. O jogador não nos falou nada e não o procuramos. O Vasco ainda não foi notificado e eu não trabalho sobre hipóteses. O conhecimento que nós temos é que o depósito dele de FGTS foi feito em todos os meses. Não tenho conhecimento de atraso de fundo de garantia do Bernardo ou qualquer outro jogador. Estou achando estranho essa noticia de ter entrado na Justiça. É um ótimo garoto. Se isso aconteceu, acho que foi alguém que levou ele para o caminho errado. Bernardo não confirmou nada ao Daniel. Poderia estar acontecendo em nível de família ou empresário. Se aconteceu foi ato repentino e tem como reverter. Ele é ídolo, gosta do Vasco. No fim do ano pediu para ficar no Vasco – disse o vice jurídico Aníbal Rouxinol.
O Vasco vai esperar passar o calor do momento para conversar com o jogador. Nesta quinta, o clube vai ver até que ponto a situação ainda é reversível.
- O Bernardo não confirmou que tinha entrado na Justiça. Temos vivido situação de atraso nos últimos meses, conseguimos pagar um mês hoje (quarta), mas ainda não quitamos tudo com os atletas. Ele, como é jovem, pode ter sentido uma pressão maior do que os mais experientes. No calor pós jogo não é o melhor momento para conversar. Imaginamos que amanhã de manhã tenhamos uma evolução positiva nessa situação. Vamos começar a buscar uma solução para esse impasse que foi criado. Não esperávamos essa atitude. Achamos que não é o melhor caminho para resolver os problemas. Fomos surpreendidos com essa atitude mais radical do atleta. Foi feito um investimento pesado para a aquisição do jogador. Estamos confiantes na possibilidade de reverter essa situação. O mais importante é o atleta querer ficar no clube. Conseguindo reverter isso, os efeitos maléficos podem ser minimizados – explicou Daniel Freitas.
Bernardo deixou São Januário no carro do pai protegido por cinco seguranças. O jogador era nome certo no próximo jogo, contra o Boavista, no sábado, já que boa parte dos titulares deve ser poupada, mas agora vive uma indefinição em relação ao seu futuro.
Fonte: GloboEsporte.com