Andrada, o goleiro argentino que brilhou no Vasco – campeão carioca de 1970, participando de 16 dos 18 jogos da vitoriosa campanha de 13 vitórias, 3 empates e só duas derrotas -, está em situação difícil perante às autoridades, que o investigam pela participação em torturas e mortes durante o período negro da repressão no país.
É o que me conta Diego Mattei, amigo recente da Rádio Arsenal: “O Andrada fez parte dos chamados “grupos de tareas”(tarefas, em português) de parapoliciais na época da ditadura militar e está sendo investigado pela justiça argentina, podendo ser condenado a vários anos de prisão e até mesmo a prisão perpétua”.
Andrada, que os argentinos chamavam de “El gato”, usava bolas de algodão para demarcar a área em que atuava, tanto em São Januário quanto no Maracanã, como na noite de 23 de novembro de 1969, em que sofreu o gol 1000 de Pelé, na derrota (2 a 1) para o Santos. Irritado depois que a bola entrou, depois de conseguir tocá-la de raspão, deu um soco no campo com a mão direita fechada.
Hoje, aos 73 anos, Andrada está sem cabelo e ainda mais magro do que na época em que jogava. Estreou em clássico no Vasco em junho de 69 - 0 a 0 com o Fluminense, no Maracanã – e o time-base em que foi campeão carioca em 70, sob o comando do técnico Tim, era Andrada, Fidélis, Moacir, Renê e Eberval; Alcir (cap) e Buglê; Luis Carlos, Valfrido, Silva e Gilson Nunes.
Fonte: Blog do Deni Menezes