Pai de Wendel: 'Disseram para mim que tinha médico'

Quarta-feira, 15/02/2012 - 09:54

Antônio Carlos ainda está desorientado com a morte do filho Wendel. De São João Nepomuceno, em Minas Gerais, ouviu que jogadores do Vasco poderiam dar uma casa para a família e até que o jogo de despedida de Edmundo poderia ser beneficente. No entanto, ninguém entrou em contato com ele — Dinamite disse não saber de nada sobre o jogo festivo do Animal, enquanto os atletas também admitiram desconhecer qualquer iniciativa.

Do Vasco, até agora, ele teve toda assistência no sepultamento de Wendel e o conforto de alguns dos funcionários da base, que, no entanto, faltaram à primeira data de depoimento na polícia. Outra informação que ele não sabia era que o delegado Julio César Vasconcelos, da 50ª DP (Itaguaí), em vistoria, constatou que não havia médicos no CT.

— Disseram para mim que tinha médico... Olha... Por enquanto, só quero saber da verdade do que aconteceu. Toda vida, ele jogou bola aqui, nunca teve nada — disse Carlos, que ainda não sabe se vai entrar na Justiça para pedir indenização ao clube.

— A gente está estudando isso ainda — afirmou Antônio Carlos.

O vice-presidente jurídico do Vasco, Aníbal Rouxinol, disse que o momento ainda não é de discutir assunto de indenização, mas adiantou que não é o caso.

— O menino não era atleta do Vasco. Se você tem um filho que vai fazer teste no clube que for, ele faz e volta para casa. Qual a responsabilidade do clube? A responsabilidade é do pai, que tem que saber se o garoto podia jogar, se tem saúde — disse o vice-jurídico Aníbal. — Foi uma fatalidade. O garoto era atleta desde cedo, desde os 10 anos de idade. Era campeão, artilheiro em tudo que é lugar.

Carlos (pai) com a foto do Wendel nas mãos


Fonte: Extra online