Depois de os funcionários da obra do Castelão terem paralisado os trabalhos na segunda-feira, nesta quarta foi a vez de os operários do Maracanã cruzarem os braços. Mas a paralisação não passou de um susto. Após assembleia, os operários decidiram, com quase 100% de adesão, não iniciar uma nova greve e voltaram às atividades. Isso porque a maioria concordou com os itens aprovados em reunião entre o sindicato e o consórcio responsável pela obra realizada na noite dessa terça-feira.
Na reunião, os trabalhadores conseguiram ter atendidas algumas reivindicações, como aumento geral de 10,5%, 100% de hora extra para o sábado, cesta básica de R$ 230, plano de saúde gratuito e bônus por metas ultrapassadas. A única questão que segue pendente é a aprovação do plano de saúde para os familiares.
Após a assembleia, o presidente do sindicato dos trabalhadores, Nilson Duarte, comentou a "vitória parcial" dos operários.
- Não é aquilo que a gente queria, mas chega a ser invejável. De todos os estádios que estão em obras para a Copa do Mundo, o Maracanã passa a ter o melhor salário do Brasil - comemorou.
Em setembro do ano passado, os trabalhos no Maracanã pararam por 19 dias. No mesmo mês, operários do Mineirão também pararam por cinco dias. A greve, inclusive, coincidiu com uma visita da presidente Dilma Rousseff ao estádio.
No início deste mês, a Força Sindical, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Confederação Sindical Internacional (CSI) e Federação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada analisaram a possibilidade de uma paralisação geral nas obras dos 12 estádios para o Mundial. Entre as principais reivindicações estão o piso nacional unificado para ajudantes de obras e para pedreiros e carpinteiros, hora extra com percentual de 100% durante os dias de semana, cesta básica e planos de saúde extensível a familiares.
Fonte: GloboEsporte.com