Em vez dos funcionários responsáveis pela categoria infantil, que receberam para teste o menino Wendel, de 14 anos, que morreu na semana passada, o Vasco mandou um advogado para a 50 DP de Itaguaí. Mais ainda: marcado para 10 horas, o depoimento do ex-lateral-esquerdo Cássio, treinador do infantil que tentou socorrer o garoto, do coordenador técnico Sérgio Freire (Serginho) e do preparador físico Gutemberg Silva (Guto) não só foi ignorado como fez o delegado Julio Cesar Vasconcelos entrar em contato com o clube para saber o que tinha acontecido. Somente às 16 horas apareceu um representante do Vasco para avisar da impossibilidade do comparecimento.
André Bueno, delegado-assistente da 50 DP, que está à frente das investigações, criticou a ausência dos funcionários. Segundo ele, foi preciso um telefonema para o coordenador Antônio Teixeira para que o Vasco se manifestasse.
— Houve certo descaso sim, por isso precisamos até de uma medida enérgica — disse Bueno.
Procurado pelo Jogo Extra, o vice-presidente jurídico do Vasco, Aníbal Rouxinol, não retornou as ligações.
Agora, os três funcionários, o diretor Humberto Rocha e o massagista Mauro Bonfim estão intimados a comparecem na quinta-feira, em Itaguaí.
— Foi estranho não ter vindo ninguém. O (Antonio) Teixeira, coordenador do sub-17, garantiu que todos vinham e nós confiamos — disse o delegado.
Na quinta, a DP vai começar a colher os depoimentos. A polícia também quer a ficha cadastral que o menino preencheu e o atestado médico para a atividade.
Fonte: Extra online