LAVANDO AS MÃOS. Toca o telefone e do outro lado da linha está o ex-lateral-esquerdo e atual empresário Pedrinho Vicençote. Ele nega ter assumido as divisões de base do Vasco, através de terceirização para o seu CT em Itaguaí. — Renato, eu apenas alugo as instalações: o Vasco é que cuida de tudo — garante, se eximindo de culpa no trágico episódio que culminou com a morte do jovem Wendell, de apenas 14 anos.
Pedrinho admite que, no início das negociações, se chegou a discutir o pagamento do uso do seu centro através de percentual da venda de jogadores formados por lá mas que, "devido à má repercussão", evoluiu-se para um pagamento fixo. E diz, também, não crer que o menino falecido estivesse em jejum, como se noticiou:
— Isso (dar refeições aos meninos) é com o Vasco. Mas acho que ele jantou, sim (na véspera)...
O mínimo que se espera é que tudo seja apurado, os culpados punidos e providências tomadas para que dramas como esse não se repitam jamais — no Vasco ou em qualquer outro clube brasileiro.
Fonte: Coluna do Renato Maurício Prado - O Globo