Quanto maior a expectativa, maior a queda. Neste contexto, o Vasco busca recuperar a confiança da torcida no time já no clássico com o Fluminense, às 19h30m, no Engenhão . A derrota na estreia na Libertadores para o Nacional do Uruguai, depois de tanta espera, abalou os torcedores. Xingaram alguns jogadores e chamaram o técnico Cristóvão Borges de burro. O grupo, garante, não está abalado.
Após um período de estado de graça com o torcedor, com apenas uma derrota nas últimas dez partidas, o time passa a ser contestado. Nada melhor do que um clássico, cuja vitória vale a classificação nas semifinais da Taça Guanabara, para reativar a lua de mel. O empate também pode confirmar a vaga do Vasco, mas dependeria de combinação de resultados.
— Não podemos fazer de uma partida uma tragédia, apesar da importância da Libertadores. Não tem intranquilidade no grupo. Estamos preocupados com a nossa responsabilidade de sempre. Compromisso com a vitória e títulos. Claro que a derrota só tem um significado pelo peso da Libertadores, pela expectativa criada. Mas não abalou os jogadores — garantiu o técnico Cristóvão Borges.
Momento também para a defesa do Vasco mostrar que o jogo de quarta-feira foi uma situação atípica. Todos tiveram atuação abaixo do esperado, principalmente os zagueiros Dedé e Rodolfo, considerados pelos outros times a melhor dupla de zaga do Rio. O primeiro marcou um gol contra; o outro falhou feio no segundo do Nacional.
— Todos os jogadores têm qualidade, foi um jogo em que a equipe não foi bem. Temos consciência de que nosso elenco é bom e tem condições de reverter isso — disse o lateral-direito Fágner, que volta ao time hoje.
Um ano sem vencer rivais
Mais do que se manter vivo na disputa por um lugar nas semifinais da Taça Guanabara, a vitória do Fluminense significaria o fim de uma incômoda escrita que ronda o clube. Desde novembro de 2010 que o time não vence um clássico regional. Na ocasião, o triunfo foi justamente sobre o Vasco com gol de Tartá (1 a 0). Desde então, foram dez jogos, cinco empates e cinco derrotas. Isto significa que, sob o comando de Abel nesta passagem, o time não venceu os rivais do Rio.
— No Fluminense, nada acontece de maneira fácil. Isto incomoda e fico atiçando os jogadores. Não pense que deixo passar despercebido. Temos que acabar com este negócio e voltar a vencer um clássico — declarou Abel.
O Vasco vê com indiferença os números. Está mais preocupado com o estilo de jogo da equipe das Laranjeiras e seus talentos individuais.
— É uma pressão interna deles, não estamos pensando nisto — afirmou Fágner.
Fonte: O Globo