Quartos ruins, banheiros sem portas e sujos, armários quebrados, descaso com a habitação. Estes foram apenas alguns dos problemas encontrados pela 12 Promotoria da Vara da Infância e Juventude, em São Januário. O clube cumpriu os pedidos, fez o remanejamento dos atletas, porém pecou em algo imprescindível: assinar o contrato do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Agora, terá que arcar com as consequências do esquecimento.
No dia 23 de dezembro de 2011, a promotora Clisanger Ferreira Gonçalves Luzes entregou o documento nas mãos do presidente Roberto Dinamite. Nele, constava que o clube deveria cumprir uma série de exigências com os atletas menores de 18 anos, incluindo realizar exames clínicos, tanto em federados como em oriundos de peneiras, mesmo com atestado; garantir um cardápio adequado e respeitar horários de atividades físicas:
— A moradia era pior que as de menores infratores do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). Em dezembro, quando fizemos a segunda vistoria, vimos que os garotos foram transferidos e ganharam um pouco do conforto que merecem. O problema é que o clube firmou o compromisso de assinar o TAC e, até o momento, não nos enviou nada assinado. Tenho elementos suficientes para tomar medidas drásticas.
No TAC, não assinado, há a ordem para a existência de um monitor para cada dez garotos no alojamento — para garantir segurança, acompanhar se vão à escola e obrigar contato com os pais, duas vezes por semana, àqueles que vieram de fora.
O MP desconhecia, até a morte de Wendel, a utilização pelo Vasco do CT de Itaguaí. A promotora quer saber das condições do local.
Fonte: Extra online