Onze anos depois, a tensão era a marca da torcida do Vasco na arquibancada de São Januário na volta do time à disputa da Taça Libertadores. E ao longo de todo o jogo, o que se viu foi uma torcida impaciente, que encerrou a "lua de mel" com o técnico Cristóvão Borges e que lutou para conseguir colocar o meia Bernardo em campo - sem sucesso.
Com 10min, o domínio do Nacional em campo já preocupava. Erros e mais erros de passe. A primeira vítima das vaias foi o atacante Alecsandro. Depois, foi o improvisado Max, na lateral direita, quem sofreu com a irritação da torcida.
Aos 30min, quanto Scotti fez o primeiro gol do Nacional, a reação imediata foi gritar pelo nome do time. Timidamente, porém, os clamores de "Vasco, Vasco" foram substituídos pelo silêncio. A única grande alegria do primeiro tempo foi depois de uma grande jogada de Diego Souza, que acabou derrubado perto da área aos 44min. Juninho cobrou nas mãos do goleiro, mas a galera poupou o camisa 8.
A torcida ainda estava tomando água para aplacar o calor da noite carioca quando, no primeiro minuto do segundo tempo, veio a ducha de água gelada: segundo gol do Nacional e gritos por Bernardo. Vaias para Rodolfo, que falhou na origem do lance do gol.
Mas Cristóvão já tinha feito uma mudança, para tenta reforçar a lateral com Felipe Bastos. Aos 20min, com o time pouco criativo, mais gritos por Bernardo. Veio Tenório. E Bernardo não veio e nem viria. Aos 25min, Cristóvão ouviu os primeiros gritos de "burro". E no fim da partida, na saída dos jogadores, era só o que se ouviu em São Januário.
Torcida insatisfeita. E que parece desconfiar cada dia mais do técnico do Vasco.
Fonte: Terra