Quando Roberto Dinamite assumiu a presidência do Vasco, em 2008, o clube estava a caminho da Segundona do Brasileiro. A queda se concretizou e, nos últimos três anos, a missão foi mostrar que o clube ainda era grande.
A conquista da série B em 2009 foi obrigação, mas a da Copa do Brasil no ano passado foi a prova do reerguimento do Vasco, que ainda beliscou o vice do Brasileiro.
Um time sem grandes estrelas, mas com bons jogadores: do goleiro Fernando Prass ao atacante Alecsandro, passando pelo seguro zagueiro Dedé, o voluntarioso lateral-direito Fágner, os jovens volantes Allan e Rômulo e os experientes Felipe, Juninho e Diego Souza. Todos comandados por Cristóvão Borges, mas na expectativa da volta de Ricardo Gomes, se recuperando de um AVE.
Ponto forte
A experiência do meio-campo, que reúne dois campeões da Libertadores pelo próprio Vasco, em 1998: Felipe, 34 anos, e Juninho, 37. Os dois têm o dom de ditar o ritmo do time, com passes perfeitos, visão de jogo e o hábito de jogar sempre para frente, de forma objetiva. Felipe é driblador; Juninho, brigador e bom nas cobranças de falta e de pênalti. Maduros, os dois craques viraram referência para o resto do time.
Ponto fraco
A marcação no meio-campo quando Juninho e Felipe estão juntos. Os dois merecem ser titulares, mas o técnico Cristóvão Borges ainda precisa achar o ponto certo para que o time não fique vulnerável e não sobrecarregue volantes e laterais.
O cara
Aos 23 anos, Dedé já é considerado o melhor zagueiro em atividade no país. Seguro, rápido e forte.
A dúvida
O zagueiro Rodolfo, 29 anos. Depois de oito anos jogando na Rússia, teve uma passagem apagada pelo Grêmio. Foi pouco para se saber se continua o zagueiro elegante revelado no Flu.
Quem pode surpreender
Rômulo pode comprovar que não é mais promessa. A Libertadores é a oportunidade perfeita.
Cara de Libertadores
Alecsandro demorou para conquistar a torcida. Mas os gols nas finais da Copa do Brasil, diante do Coritiba, e contra o Flu no Brasileirão mostraram que não tem medo de decidir.