Quando eles chegaram, em 2009, o Vasco vivia o pior momento de sua história. O clube se preparava para disputar a Série B do Campeonato Brasileiro e passava por uma reconstrução. Mas apenas três anos depois, Fagner, Nilton e Fernando Prass, remanescentes do time que conquistou o título da Segunda Divisão, iniciam nesta quarta-feira, contra o Nacional do Uruguai, a briga pelo título da Libertadores, que simboliza o sucesso do projeto traçado pelo clube. Após roerem o osso, eles não escondem o apetite quando estão prestes a comer o filé mignon do futebol sul-americano.
Fagner viveu uma experiência na Europa logo antes de ser contratado pelo Vasco. Após defender o PSV da Holanda, retornou ao Brasil para ser um dos laterais do time na Série B. Isso por só seria um contraste, mas o que encontrou em São Januário foi um clube ainda afogado em problemas e que buscava se colocar de pé depois de sofrer o impacto do rebaixamento.
- Foi um tempo de muitas dificuldades que vivíamos no dia a dia, até mesmo para treinar. Mas o importante é que jamais deixou de haver profissionalismo. Todos sempre procuraram evoluir e, por isso, não tem preço ver o clube estar na situação atual - disse Fagner, que não joga nesta quarta por cumprir suspensão.
Nilton fazia parte do elenco do Corinthians que acabara de conquistar o Brasileirão da Série B em 2008 e, por isso, sabia que encontraria um cenário de dificuldades. Assim, sua surpresa foi ver o Vasco sair da Segundona e rapidamente rumar à Libertadores. O volante passou cerca de um ano se recuperando de uma grave lesão no joelho, mas nesta quarta-feira será titular do time que marca, contra o Nacional, novamente sua posição de time grande.
- Sinceramente não esperava que tudo isso fosse acontecer tão rapidamente. O clube melhorou sua estrutura reformando o estádio, os vestiários e a academia. Ainda temos dificuldades, mas foi possível ver que o Vasco não se deixa abater. Para aqueles que estão aqui desde o início vai ainda mais especial disputar a Libertadores. Será um momento único - destacou.
Goleiro que ganhou a vaga de titular do Vasco na primeira rodada da Série B – substituindo o machucado Tiago – e passou a ser o dono da posição desde então, Fernando Prass também lembrou que a reformulação do clube precisa ser comemorada. No entanto, ressaltou que a partida contra o Nacional, nesta quarta, deve ser encarada apenas como o início de uma caminhada.
- Sem falsa modéstia, mudamos o Vasco de patamar. Hoje somos clube mais respeitado. A Libertadores simboliza o recomeço desde a Série B. Estamos apenas iniciando, e em tudo o que faz na vida, é bom começar bem. Por isso, é muito importante que o nosso time vença o Nacional - frisou.