Estudo aponta Vasco como o 5º time mais valioso da Libertadores
Como vimos no post anterior, a Copa Santander Libertadores de America é a oitava competição mais valiosa do mundo. O valor total dos jogadores dos 32 times que disputam essa presente edição a partir da fase de grupos é de 1,1 bilhão de euros, equivalente a 2,5 bilhões de reais.
Antes de partirmos para os números de mais esse estudo preparado pela Pluri Consultoria, algumas considerações importantes, já feitas, mas que precisam ser repetidas.
Esse trabalho, como os demais da Pluri, leva em consideração apenas e tão somente o valor estimado de mercado de cada jogador. A partir daí o valor do time ou do elenco inscrito numa competição. A partir dos times, o valor do campeonato. Nada mais é considerado: história, tradição, patrimônio, direitos de TV, patrocínios, bilheteria, etc, etc, etc, etc etc…
Esse estudo, como os demais, considera unicamente o vínculo federativo do atleta.
Só.
É irrelevante se ele “pertence” ao clube ou se está emprestado, assim como é irrelevante que seus direitos econômicos pertençam totalmente a um ou a dez empresários e empresas. Tampouco importa se o clube tem direito a zero por cento dos direitos econômicos. Vale somente o vínculo federativo.
Esses estudos são referências, são informativos e são o retrato de um momento determinado. A chegada ou a saída de um atleta provoca mudanças, naturalmente.
Números por si só não ganham ou perdem uma partida ou mesmo um campeonato. Apesar disso, são bons indicadores para termos uma noção do potencial de cada time. Elencos com alto valor de mercado são, em teoria, mais propensos a conquistar títulos do que outros com valores mais baixos. Então, vamos aos números.
Os seis times mais valiosos dessa edição da Libertadores são os seis times brasileiros que a disputam. Sem surpresas, ainda mais depois de termos visto os números do post anterior, já citado: A Copa de 1 Bilhão de Euros. O Santos de Neymar é o mais valioso, disparado, seguido pelo Internacional, com uma diferença de quase 40% a menos. Na sequência, os outros quatro brasileiros, com uma diferença de apenas 10% entre o Corinthians e o Fluminense. Antes que os torcedores do tricolor carioca reclamem, é bom lembrar que com a saída de Martinuccio o valor do elenco diminuiu, daí a diferença para os estudos anteriores.
O primeiro clube não brasileiro da lista é o Boca Juniors, com um valor de mercado de 53 milhões de euros, equivalente a somente menos de 40% do Santos. Se tomarmos o Internacional e sua esquadra argentina como parâmetro, o valor do Boca é 37% menor, ou seja, vale o equivalente a 63% do time do Inter. A situação fica um pouco melhor quando comparamos o valor do Boca com o valor médio dos outros quatro brasileiros: nesse caso, o valor do Boca equivale a 78% do valor médio dessas equipes, que é de 68,2 milhões de euros.
Depois do argentino Boca, dois times mexicanos e mais um da Argentina,fechando o grupo dos 10 mais valiosos.
Observando os grupos, vemos que o mais valioso é o Grupo I, graças à presença dos dois times mais valiosos da competição: Santos e Internacional. A diferença de valor desses dois para os outros dois membros do grupo é muito grande: o Santos vale quase catorze vezes mais que o The Strongest e o Inter vale seis vezes e meia o Juan Aurich.
O segundo grupo mais valioso é o Grupo IV, onde estão Fluminense e Boca Juniors. Nesse grupo está o Zamora, o time de menor valor em toda a competição, mas está, também, o Arsenal, que pode ser uma autêntica terceira força, podendo dificultar a vida de Fluminense (que venceu-o ontem por 1×0, em casa) e Boca.
Os grupos III e VIII são os mais equilibrados, o primeiro com valores bem baixos, o segundo com valores médios.
O maior desequilíbrio está no Grupo V, onde o Vasco desponta com um valor de mercado que é pouco mais de quatro vezes maior que a média de seus três concorrentes. A diferença entre o Vasco e o Nacional, segundo em valor no grupo, é de três vezes e meia.
Se futebol é futebol, no sentido de explicar resultados que, pela lógica, são improváveis, Libertadores é Libertadores. Muitos fatores podem influenciar uma partida, desde a arbitragem que trabalha, muitas vezes, de forma diferente da brasileira, até o famoso fantasma e falso vilão dos brasileiros: a altitude.
Gosto muito da Copa Santander Libertadores e sua incrível diversidade, com jogos desde o Rio Grande que divide México dos Estados Unidos até a fantástica Buenos Aires, das areias quentes das praias cariocas aos gelados cumes andinos da Bolívia.
Pela lógica, um brasileiro irá para o Mundial de Clubes em dezembro. Mas, se no futebol a lógica nem sempre tem voz ativa, na Libertadores tem menos ainda.
Fonte: Blog Olhar Crônico Esportivo - GloboEsporte.com