O nome de Jonath Marlone Azevedo da Silva passou de mais um desconhecido nas categorias de base do Vasco a esperança desde o dia 4 de janeiro do ano passado, quando fez um golaço na estreia do time de juniores na Copa São Paulo. Porém, mais de um ano depois, Marlone - ou Russo, como também é conhecido - não teve uma chance nos profissionais do Vasco. Nas últimas semanas, o meia foi procurado pelo Botafogo e oferecido ao Flamengo, mas o Vasco ainda não pensa em negociá-lo. Ao mesmo tempo, a insatisfação já existe entre os representantes do jogador pela falta de oportunidades.
- Ele quer ficar no Vasco. Já são mais de cinco anos. Sempre dizem que ele vai subir em breve, mas esse ‘em breve’ está desde o ano passado. Se isso não acontecer logo, Marlone não vai ficar no Vasco - disse uma pessoa próxima ao jogador, que ainda não jogou uma vez pelos juniores em 2012.
Na primeira partida, uma infecção intestinal o tirou do jogo. Nas últimas duas, não foi relacionado. O diretor de futebol do Vasco, Daniel Freitas, admitiu o contato do Botafogo e reforçou que Marlone vai seguir no clube por enquanto. Mas nos juniores.
- Ele está integrado à equipe de juniores. O Botafogo nos procurou, realmente, mas ele tem contrato até (fevereiro) de 2016. Nem abrimos qualquer negociação - disse Daniel.
Após a Copa São Paulo de Juniores deste ano, o meia John Clay, dois anos mais jovem que Marlone e que também se destacou numa Copinha, ficou no banco na estreia do profissional no Carioca, contra o Americano. O garoto prefere não comentar o assunto, mas quem o conhece sabe que ele se sentiu desprestigiado no clube.
- A gente soube que houve alguma insatisfação. É um jogador interessante, mas tem contrato. Se ele rescindir a gente pode até conversar - disse Toninho Barroso, gerente da base do Flamengo.
O rubro-negro, recentemente, levou Yago, lateral-direito, e Muralha, cabeça de área, da base vascaína. A base do Vasco deve sofrer mudanças em breve. O presidente Roberto Dinamite pediu a Antonio Peralta, vice de comunicação do clube e ex-diretor das categorias de base, que comandasse uma reformulação. Um dos nomes cotados para coordenar o setor é do ex-zagueiro Mauro Galvão.
- Eu acho ele um baita jogador, mas me tira dessa. O Vasco que resolva seus problemas - disse Rodrigo Caetano, ex-diretor de futebol do clube, que se transferiu para o Fluminense e que saiu de São Januário insatisfeito com a forma de condução das categorias de base.