Por onde passou, fez o que lhe cabe: gols. No Vasco, foi artilheiro da Copa do Brasil e deixou sua marca em partidas decisivas, inclusive nas finais da competição. Mesmo com um currículo vitorioso, vez por outra ouve uma contestação. Este ano, já atravessando boa fase com três gols em três jogos pelo Estadual, Alecsandro vê o apelido criado entre companheiros da bola transcender as quatro linhas. E está gostando.
– Podem me chamar de Alecgol. Acho legal. É uma forma de carinho e reconhecimento. Ninguém chama de gol quem não faz gol. Estou achando bacana e espero retribuir fazendo mais. Que até o término da minha carreira eu possa ser chamado assim – empolga-se.
O gosto pelo apelido, porém, foi construído ao longo do tempo. Logo nas primeiras vezes em que a referência foi citada, o jogador tentou evitar. Entretanto, mais maduro, encara agora a responsabilidade com tranquilidade:
– No Internacional, os próprios jogadores ameaçaram me chamar de Alecgol, e eu meio que dei uma cortada. No momento eu gostei, mas não queria que acontecesse, não sei o motivo. Hoje voltou e estou feliz. Tenho, sim, que chamar esta responsabilidade. Estou tendo um presente de ser reconhecido.
Animado, ele já deseja atuar com a referência na camisa:
– Espero até poder usar o Alecgol. Num momento oportuno, talvez num jogou comemorativo de 50 jogos ou 50 gols (pelo Vasco.
Convivendo com rumores da necessidade da diretoria em contratar um atacante para 2012, ele vem, em campo, dando a resposta. E trata de estabelecer o seu espaço.
– Quem está chegando, está chegando em desvantagem, porque já estou treinando e fazendo gols. Mas o que realmente quero fortalecer é que vou brigar para ser titular, campeão e artilheiro.
Por crianças, careta voltará
As tradicionais caretas do ano passado, feitas em homenagem ao pai Lela, ex-atacante da década de 80, voltarão em um momento certo. Quem garante é o próprio Alecsandro, que cogitou aposentá-las mas, a pedido das crianças, mudou de ideia.
– Recebi até pedidos de crianças da escola do meu filho, pois dei uma declaração de que ia parar com a careta e muitas disseram para eu não fazer isso porque era legal. Então, pedido de criança jamais se pode negar. Com certeza, nos momentos especiais, ela vai sair – prometeu.
Alecsandro, inclusive, gostaria de ver novamente as máscaras de sua careta, feitas pelo LANCE! em 2011, pelas ruas:
– Espero que possam fazer mais máscaras para distribuir aos torcedores em alguma final. Vai ser bem bacana – disse.
Papel de líder no grupo vascaíno
Além de estar ajudando com gols, Alecsandro vem dedicando parcela de sua experiência também fora de campo. O atacante, ao lado de Felipe, Juninho, Diego Souza e Fernando Prass, tem exercido o papel de líder entre o grupo.
– Assumo essa responsabilidade fora de campo de protestar, tentar ajudar, falar quando tiver que falar e defender os mais jovens quando tiver que defender.
O jogador, recentemente, se declarou favorável ao fim das concentrações. Ele, inclusive, brincou com a situação ocorrida antes da partida contra o Bangu:
– Quebramos um mito, mostrando que concentração não ganha jogo. Eu, particularmente, não gosto. É bem melhor dormir na minha cama que no hotel. Estar com minha esposa é bem melhor que dormir com o Diego Souza (risos).
Fonte: Lancenet