Confira análise tática do Vasco em 2012
Os duelos contra times de menor investimento no Estadual não são o melhor parâmetro para análise e a curtíssima pré-temporada prejudica demais a preparação de qualquer grande clube brasileiro.
Mas na vitória por 3 a 1 sobre o Bangu no sempre tórrido Estádio de Moça Bonita, primeira partida na íntegra que o blogueiro viu do campeão da Copa do Brasil e vice brasileiro, foi possível perceber que a equipe comandada por Cristóvão Borges segue móvel e dinâmica taticamente.
Sem a bola, a base do posicionamento são as duas linhas de quatro. Diego Souza e Alecsandro ficam à frente. No meio, Bernardo, o substituto do lesionado Éder Luís, recompõs mais à direita auxiliando Fágner, Fellipe Bastos e Nilton fecham o centro à frente de Dedé e Rodolfo e Felipe, que estreou no torneio regional na vaga de Juninho Pernambucano, ficou à esquerda, fazendo dobradinha com Thiago Feltri, outra novidade para 2012.
Vasco repetiu fórmula de 2011 na recomposição defensiva: duas linhas de quatro com Bernardo e Felipe, meias pelos lados, voltando para combater e um volante (Nílton em Moça Bonita) mais plantado à frente da defesa.
Com a bola, o 4-4-2 quase ortodoxo se desfaz. A primeira variação é uma espécie de 4-3-3. Felipe vem para o centro dividir a articulação com Bastos, que avança. Diego Souza fica espetado à esquerda e Bernardo avança praticamente como ponta-direita formando o tridente ofensivo com Alecsandro, que abriu o placar cobrando pênalti.
Felipe centraliza e Bastos avança na articulação do meio-campo; na frente, Bernardo e Diego Souza pelas pontas buscando as diagonais na aproximação de Alecsandro.
O 4-2-3-1 se desenha quando Felipe se lança mais centralizado formando o trio de meias-atacantes com Bernardo e Diego Souza. Bastos se junta a Nilton à frente da zaga e um deles fica mais fixo e auxilia os zagueiros na cobertura do lateral que apoia. Apesar de ofensivos, dificilmente Fágner e Feltri descem juntos. O lance do gol do lateral-esquerdo completando centro do direito foi uma exceção ao longo da partida. A boa notícia é que o Vasco varia mais as ações ofensivas pelos flancos, sem depender tanto do lado direito.
Bernardo e D.Souza seguem pelos lados e Felipe, solto, centraliza na armação; Nílton e Bastos ficam mais plantados.
A última variação era bastante comum nos tempos de Ricardo Gomes e agora, com Cristóvão, é das menos utilizadas. O losango no meio-campo se formou com Nilton mais plantado, Bastos e Felipe como volantes-meias e Bernardo na ligação, se aproximando pelo meio de Diego Souza e Alecsandro. O jovem meia marcou belo gol em cobrança de falta, mas não foi protagonista. No segundo tempo deu lugar a William Barbio. Eduardo Costa e Renato Silva substituíram Bastos e Rodolfo e mantiveram o nível com tranqüilidade.
O losango no meio-campo, desenho mais utilizado nos tempos de Ricardo Gomes: Nílton plantado, Bastos e Felipe como volantes-meias e Bernardo na ligação.
A atuação não foi brilhante, a cobertura dos laterais precisa melhorar e Dedé perdeu disputas que ganhava com tranqüilidade na temporada passada. Normal para um início de ano complicado fora de campo. Fágner, Nilton e Felipe foram os destaques do triunfo fora de casa.
Porém, mais importante que as três vitórias no Carioca é a impressão de que o elenco parece mais robusto, apesar da necessidade de reposição qualificada no comando do ataque após a saída de Elton, e com as ideias táticas do treinador melhor assimiladas. Com mobilidade, dinâmica e menos problemas internos, o Vasco pode seguir forte em 2012.
Fonte: Blog Olho Tático - GloboEsporte.com