Os jogadores do Vasco não se concentraram para esta partida contra o Bangu, nesta quarta-feira, em Moça Bonita, por conta dos atrasos de salários. A grande questão era saber o empenho e o rendimento da equipe na partida. No entanto, a vitória de 3 a 1 pela terceira rodada da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca, mais uma vez, acabou com qualquer tipo de possibilidade de corpo mole dos atletas.
Um dos líderes do elenco, o meia Felipe, falou sobre a exigência dos jogadores em abolir a concentração enquanto os salários estiverem atrasados. O camisa 6 minimizou o problema e acredita que tudo isso não irá interferir no relacionamento do elenco com a comissão técnica e diretoria do Vasco.
"Vamos conversar. Nós, jogadores, tomamos esta decisão e não queremos afrontar ninguém no clube. O Vasco passa por situação não muito confortável e, desde 1996, quando virei profissional aqui, é assim. Mas o importante é que há uma transparência entre a diretoria e o elenco. Independentemente de salários ou não, tenho certeza que não vai faltar empenho da gente", disse Felipe.
O atacante Alecsandro e o zagueiro Dedé engrossaram o coro de Felipe e esperam que esta questão seja solucionada rapidamente.
"Não cabe nos jogadores. Eles estão fazendo o papel deles, a gente faz o nosso dentro de campo. Espero que tudo se resolva rapidamente", disse Alecsandro.
"A crise é uma coisa muito interna e queremos que regularize. Sabemos que as coisas vão melhorar. Se depdender da gente, vamos fazer o melhor possível em campo", completou Dedé.
A diretoria do Vasco deve aos jogadores os meses de dezembro, 13º salário e parte do direito de imagem de alguns jogadores. O presidente Roberto Dinamite tenta solucionar esta questão rapidamente. Os jogadores entraram em um consenso com a diretoria que, enquanto os ordenados não estiverem em dia, a equipe não irá se concentrar para as partidas do clube.
Fonte: UOL