Ex-meio-campista do Vasco, Geovane superou o câncer na coluna vertebral e a polineuropatia. Hoje recuperado, graças a muita fé e fisioterapia, Geovane anda de bicicleta, joga futevôlei e planeja poder finalmente fazer sua partida de despedida.
Numa manhã de 2005 o capixaba Giovane Silva acordou e não conseguiu levantar da cama. Ao procurar um médico, descobriu um câncer em uma das vértebras. O quadro clínico evolui para polineuropatia, um distúrbio neurológico que lhe tirava a força dos músculos, praticamente impossibilitando-o de andar e se alimentar sem ajuda.
Foi o momento mais difícil da vida para esse craque revelado pela Desportiva Ferroviária. Ele, que desfilara sua classe pelos gramados, agora mal podia mexer as pernas.
Foram seis anos de muita luta mas o apoio da esposa Andrea Silva, a ajuda dos médicos e muita religiosidade ajudaram Geovane a se recuperar. Hoje com 47 anos, esse nativo de Vitória comemora sua recuperação e já planeja sua despedida.
- Já falei com o Willian, Sorato e também com o Edmundo. O jogo deve ser aqui em Vila Velha entre veteranos do Vasco e da Desportiva Ferroviária.
Pequeno Príncipe era o apelido que carregava nos gramados devido a sua imensa categoria nos passes, chutes e dribles. Essa qualidade o levou à seleção brasileira onde ganhou o Mundial Sub-20 de 1983 e a prata olímpica em Seul-88. No Vasco, clube brasileiro onde mais brilhou, levantou cinco campeonatos cariocas.
- Se alguém nunca viu milagre, está olhando para um milagre – encerra Geovane.