Fausto, o Maravilha Negra, um dos maiores meio campista de todos os tempos, fiaria 107 se ainda estivesse vivo. Nascido em Codó, no Maranhão, trazido pela família que estava fugindo da seca no nordeste, Fausto veio ainda novo para o Rio de Janeiro, na época capital brasileira. Começou sua carreira no Bangu, onde chamou a atenção do técnico vascaíno Henry Welfare.
Como gostava muito de seus companheiros e ao clube, demorou a aceitar o convite para jogar no Vasco. O que ocorreu devido à influência dos jogadores vascaínos, principalmente do seu amigo Tinoco. Assim, Fausto levou seu divino domínio de bola, raça e espírito de liderança para São Januário.
Chegou à Colina História em 1928. No ano seguinte, ao lado de Mola e do amigo Tinoco, formou uma das linhas médias mais célebres da história do futebol, conquistando o Campeonato Carioca de 1929 com 15 vitórias, sete empates e apenas uma derrota. Por causa de suas apresentações com o manto cruzmaltino, foi convocado para a Seleção Brasileira que iria disputar a primeira Copa do Mundo, em 1930, no Uruguai.
O Brasil foi eliminado na primeira fase do mundial, recebendo duras críticas. O único a se salvar foi o Fausto, que “gastou a bola” nos gramados uruguaios, recebendo o apelido de “Maravilha Negra” da imprensa local.
O Maravilha Negra passou a ficar gripado frequentemente, comprometendo suas participações nos jogos do Vasco. Eram os primeiros sintomas da tuberculose e as primeiras marcas de sua vida boêmia. Dentro de campo, contudo, continuava a encantar a plateia, principalmente os vascaínos.
Após uma excursão para a Europa, Fausto, junto com o goleiraço Jaguaré, foi transferido para o Barcelona da Espanha – o jogador havia brilhado diante dos catalães em um amistoso. Ainda passou pelo Young Fellows, da Suiça, e pelo Nacional, do Uruguai.
Fausto ainda retornou ao Vasco para conquistar o Campeonato Carioca de 1934 ao lado de grandes craques como Rei, Itália, Mola e Domingos da Guia. Morreu em 1939 decorrente da sua tuberculose.
Fonte: Site oficial do Vasco