Maneca foi um dos grandes jogadores do lendário Expresso da Vitória e, caso estivesse vivo, completaria 86 anos. O atleta chegou a Colina História em 1946 e no ano seguinte já sagrou-se campeão Carioca invicto, atuando no meio campo ou na ponta direita, variação que exerceu inclusive na Seleção Brasileira.
Em 1948, seus dribles curtos e passes certeiros ajudaram o Vasco a conquistar o Sul-Americano de Clube Campeões, primeiro título internacional brasileiro conquistado em solo estrangeiro. Um ano depois, faturou mais um Estadual de forma invicta. Com suas atuações memoráveis, foi convocado para a Seleção Brasileira na disputa da Copa do Mundo de 1950, no Brasil.
Por causa da contusão de Tesourinha, que também era jogador do Cruz Maltino, foi escalado na ponta direita no Mundial, mas devido a um estiramento ficou fora das duas últimas partidas. Após a derrota contra Uruguai na final, ficou muito abalado, porém, no ano seguinte, vingaria o Brasil diante dos uruguaios.
Os dois times bases das Seleções Brasileira e Uruguai eram respectivamente o Vasco e o Peñarol. A equipe adversária contava com o Obdulio Varella, melhor zagueiro de seu país e um dos heróis do título mundial de 50. Ainda no vestiário, Maneca prometeu que se desse um drible desconcertante no capitão Varella, ninguém seria capaz de pará-lo no jogo.
Então, na primeira jogada contra o zagueiro, aplicou um de seus dribles desconcertantes para o delírio de seus companheiros. No restante da partida, foi fundamental para a vitória vascaína por 3 a 0 contra o Peñarol, diante da torcida uruguaia.
Maneca ainda participou de mais dois títulos Cariocas o de 1952, seu último pelo Gigante da Colina, e o de 1950, quando o Vasco sagrou-se o primeiro campeão Estadual no estádio do Maracanã.
Fonte: Site oficial do Vasco