Insatisfação, sim. Falta de comprometimento, não. Esse é o recado que os jogadores do Vasco vêm transmitindo à torcida desde que tornou-se público que o descontentamento com o atraso de salários chegou ao limite. Considerado um dos líderes do grupo, o atacante Alecsandro fez questão de avisar que a atuação do time na partida de domingo, contra o Duque de Caxias, ou em qualquer outro compromisso não será sob a influência das dificuldades financeiras enfrentadas pelo clube.
- A torcida e a diretoria do Vasco podem ficar tranquilas porque em momento algum nós vamos largar. Lógico que a situação incomoda, mas a diretoria está se empenhando para resolver tudo rapidamente. Vamos treinar, viajar e continuar mostrando a alegria que todos podem comprovar aqui diariamente. Queremos deixar o lado negativo fora de campo e buscar a vitórias, porque elas mostram profissionalismo. Empenho não vai faltar nunca - garantiu.
Alecsandro lembrou que o Vasco foi campeão da Copa do Brasil no ano passado com salários atrasados, e citou o caso como o exemplo de que de os problemas fora de campo não influenciam o que acontece dentro dele. No entanto, admitiu que a situação gera desconforto.
- Talvez seja difícil para o torcedor entender porque acho que em nenhuma outra profissão um trabalhador fica dez meses sem receber salários, como já aconteceu comigo em outro clube. Nunca tive problemas em clubes como Cruzeiro e Internacional, mas infelizmente aqui no Rio de Janeiro ainda existe falta de organização, e não é exclusivo do Vasco. Adoro a cidade e, por isso, torço para que essa situação mude logo - disse.
O técnico Cristóvão Borges também destacou que em momento algum os jogadores mostraram falta de empenho, mesmo vivendo a situação incômoda desde o ano passado. Segundo ele, o grupo do Vasco tem a qualificação necessária para colocar o profissionalismo acima de qualquer problema.
- A maturidade do grupo é muito importante porque as conversas são sempre num nível melhor. Somos transparentes, e isso é bom para a relação. A reivindicaçao dos jogadores é compreensível, mas a gente conversa e busca uma solução - afirmou.
Fonte: GloboEsporte.com