O atraso de dois meses de salários – além de outros quatro dos direitos de imagem – pode se refletir em campo com a recusa dos jogadores concentrarem para o jogo contra o Duque de Caxias. Assim, a diretoria passou esta quinta-feira mobilizada em levantar uma verba capaz de amenizar ao menos parte da dívida. Representantes do departamento jurídico do Vasco estiveram na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no Rio de Janeiro com o objetivo de dar fim à retenção de parte do valor do patrocínio da Eletrobras.
A empresa estatal faz pagamentos semestrais ao Vasco do valor total de R$ 14 milhões, sendo que o último aconteceu em outubro. O clube recebeu um adiantamento e a segunda parte, que chegaria em janeiro, foi retida pela Justiça. O departamento jurídico vascaíno tenta buscar junto ao TRT os motivos desse problema e, assim, liberar uma quantia estimada em pouco mais de R$ 3 milhões para quitar parte da dívida com os funcionários. A expectativa era de que o dinheiro estivesse em São Januário na última quarta ou nesta quinta-feira. Agora, o clube trabalha com a possibilidade de resolver a questão em até três dias úteis.
O Vasco não tem as certidões negativas de débito que o permitiriam receber a verba da Eletrobras da forma regular. Assim, o pagamento acontece por causa de uma ação na Justiça efetuada pelo Sindicato dos Funcionários de Clubes do Rio de Janeiro, baseado na premissa constitucional de que todo o trabalhador tem o direito de receber seu salário.
No entanto, este dispositivo vem sendo observado e investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O processo corre em segredo de Justiça em Brasília e deixa o Vasco numa posição de risco para continuar a receber a verba referente ao seu patrocínio.
Fonte: GloboEsporte.com