Em entrevista ao programa "Casaca no Rádio" da última 2ª-feira (23/01), o benemérito do Vasco Itamar Ribeiro de Carvalho falou sobre a ação que moveu na Justiça pedindo a anulação das eleições do clube:
"Essa ação, quando foi proposta, todo dia me perguntavam 'Como é, já propôs a ação?'. Eu dizia 'Calma!'. Ela custou uns dois ou três meses para ser gerida, custou uns três meses para que fosse perfeitamente montada. Nós não poderíamos montar uma ação por montar. Nós tínhamos que adentrar com um processo bem fundamentado, bem alicerçado, com todas as provas que viessem a convencer o Judiciário daquilo que estávamos pretendendo. Por isso que eu tenho esperança, porque nós temos um bom direito. Nós temos provas contundentes de que a coisa aconteceu de modo fraudulento. Eles usaram todos os ardis para impedir que outra facção pudesse ser eleita legalmente. A eleição se cercou de uma série de irregularidades. Nós temos, no processo, no bojo do processo, todos os elementos para favorecer o Judiciário de nos dar a procedência definitivamente na ação."
"O que nós tentamos e conseguimos demonstrar preliminarmente ao Judiciário foi que o pleito se cercou à revelia do estatuto, o pleito se cercou de fatos lamentáveis, de fatos que denigrem o Vasco da Gama. Participaram do pleito pessoas que não têm tempo de sócio, muitos não são sócios, pessoas que têm título de sócio remido e que não são sócios, não têm tempo para ser remido. Essas pessoas votaram, quando não tinham competência para votar. Isso foi caracterizado, foi bem exposto na ação, na emenda, para que a Sua Excelência proferisse e nos concedesse a tutela antecipada. O convencimento foi bastante oportuno e lúcido para que a Justiça assenhorasse da realidade que nós estávamos trazendo ao Judiciário."
"É claro que eles não tinham interesse de fazer recadastramento e nem cadastramento nenhum porque qualquer iniciativa nesse sentido iria voltar a luz de que a coisa estava mal conduzida e que havia sujeira no nosso Vasco. E outra coisa, eu penso que eles não têm competência e nem legalidade para promover qualquer cadastramento ou recadastramento. Isso terá que ser feito por uma junta idônea, independente da atual administração, porque eu não acredito em cadastramento feito por eles. Se eles a todo custo negaram em fazer um cadastramento e um recadastramento, é porque algo podre há. Quem deve, teme. Se eu não devo, vou fazer o cadastramento e o recadastramento. Como eles nunca tiveram esse interesse, é porque alguma coisa estranha existe. Nós sabemos muito bem que existe. Eu sei que tem várias pessoas lá da Barreira do Vasco que nunca foram sócios e que votaram. Votaram no Roberto Dinamite. Isso vai vir a baila, se Deus quiser."
Fonte: NETVASCO (transcrição)