O atacante Éder Luís não toca na bola há exatamente dois meses. O último contato foi pouco antes do movimento que causou a fratura do pé esquerdo e o tirou da reta final do Campeonato Brasileiro, naquele jogo contra o Avaí. O reencontro tem data marcada. Ao menos, na cabeça do próprio Éder.
— Estou colocando na minha cabeça que vou jogar a estreia na Libertadores. Estou trabalhando forte para que o dia que for liberado poder jogar no dia seguinte. É do que eu mais sinto falta — disse o atacante, que terá menos de um mês para estar pronto até o jogo contra o Nacional do Uruguai, dia 8 de fevereiro.
Exames definirão situação
Enquanto sonha poder brincar novamente com seu objeto de desejo, Éder trabalha incansavelmente.
E espera pela melhor notícia nos próximos dias. Com a volta do elenco ontem ao Rio, o atacante fará exame de imagem para analisar a recuperação da fratura.
Se for liberado pelos médicos, poderá voltar normalmente aos treinos no campo.
— Estou procurando ficar bem, sem pressa, sem antecipar as coisas — afirmou.
Às 9h da manhã, em dias de treino integral em Atibaia, os jogadores do Vasco sempre estavam a postos no campo do hotel onde fizeram a pré-temporada. Às 17h, da mesma forma.
Menos Éder, que só saiu de dentro do hotel para ver o jogo-treino contra o ComercialSP e ir à piscina externa.
O atacante suava na academia para fortalecer o local da fratura, passava horas na fisioterapia, no alongamento e na piscina. Bem longe das brincadeiras tão comuns entre jogadores em concentração. O esforço físico foi pequeno perto do estresse.
— No campo, há sempre brincadeira, descontração, tem variação de treinos, cada dia é uma coisa. O meu trabalho era todo dia a mesma coisa, rotina muito cansativa, horas na bicicleta que é muito chato, não muda nunca. Chega um momento que fica muito estressado, precisa ter força psicológica — admitiu.
Rômulo, apoio na luta
Éder, no entanto, teve em Rômulo o companheiro perfeito para ajudar a passar os dias difíceis. Também sem poder treinar por causa de um edema no pé direito, o volante e o atacante uniram forças para não deixar o ânimo acabar.
— Nós já somos muito amigos, foi muito importante tê-lo ali do lado, brincando. Acabou ajudando a passar o tempo mais rapidamente — disse.
Sem dor desde que se reapresentou no início de janeiro, o atacante pôde fazer todo tipo de exercício sem maiores restrições. Mas sem sofrer impacto.
Por isso, garante que fisicamente estará no mesmo nível dos demais. A questão agora é como a bola vai recebêlo de volta.
— Foi uma das melhores pré-temporadas que fiz, força eu vou ter de sobra e preciso dela pelo meu estilo de jogo. Com a bola, vai ser mais difícil, preciso de muito treino antes para não fazer vergonha — brincou Éder.
Fonte: O Globo