Em sua primeira passagem, Juninho Pernambucano se acostumou a conquistar quase tudo pelo Vasco. Em cinco anos e meio, foi campeão do Brasileiro, da Libertadores, da Mercosul e do Torneio Rio-São Paulo. O Campeonato Carioca de 1998 também está no currículo, mas a competição não é algo que traga boas recordações. De volta ao clube após 11 anos, ele esperar iniciar neste domingo, contra o Americano, uma trajetória de mais sorrisos do que frustrações.
Juninho jogou a final de todas as cinco edições do Campeonato Carioca que disputou. No entanto, tem a marca de apenas uma conquista e três vices contra o Flamengo (1996, 1999 e 2000) e um contra o Botafogo (1997). Portanto, nem mesmo o título de 1998 é capaz de evitar a decepção que ele espera apagar em seu retorno à competição.
- No Carioca, na maioria das vezes a gente chegava, mas não conseguia o título. Naquela época a gente acabava se concentrando em outras competições. Muitas vezes o Vasco vencia o primeiro turno e perdia a final. Nesse sentido foi difícil para o torcedor, mas de 97 a 2000, felizmente ele se acostumou a sempre levantar um troféu. De boa lembrança da competição ficou o título no ano do centenário do clube - lembrou.
Por isso, em termos de estadual, o que está na cabeça de Juninho é o que conquistou em 1994, pelo Sport, um ano antes de chegar ao Vasco. O meio-campo lembrou a importância do título pernambucano alcançado com um grupo desacreditado.
- Vencemos o Santa Cruz por 2 a 0 no primeiro turno e eu fiz os dois gols. Naquele ano fomos campeões com um time bem jovem, já que o clube não tinha condições de fazer muitos investimentos. Alguns atletas fizeram carreira em grandes clubes do Brasil, como os zagueiros Lima e Sandro, além do Leonardo, Chiquinho e eu. Escolho o Pernambucano como a melhor lembrança mesmo tendo disputado cinco estaduais pelo Vasco. Mas espero que a disputa deste ano seja especial.
Se ainda busca melhores recordações, Juninho não esconde o apreço pelo Campeonato Carioca. Segundo ele, se trata de uma competição que acaba por privilegiar o jogo bonito.
- Gosto dessa competição porque valoriza a qualidade, o bom jogador. É diferente de outros torneios em que a força física leva vantagem. Acho que é porque o carioca joga na praia, na rua. Então tem essa pressão pelo bom futebol. Para os grandes times o início costuma ser complicado, pois há menos tempo para trabalhar. Mas estou ansioso para ser campeão mais uma vez - afirmou.
Fonte: GloboEsporte.com