Benemérito que entrou com ação: 'Vai ter que haver uma nova eleição'

Quinta-feira, 19/01/2012 - 08:33

Entrevista de Itamar Ribeiro de Carvalho, benemérito do Vasco que ingressou com a ação, à Rádio Tupi.

"Nós nos insurgimos contra o pleito. Primeiramente, nós não participamos do pleito e enviamos um ofício ao presidente da Assembleia Geral retirando a nossa chapa do pleito porque não considerávamos, naquela oportunidade, que a eleição estivesse correndo de forma lícita e legal, e que havia muita irregularidade nas cercanias do pleito. Houve o pleito. Nós não participamos. Houve uma chapa só, praticamente a situação participou sozinha do pleito. Muita gente que foi lá e votou não é sócio do Vasco. Nós levantamos uma série de irregularidades muito antes da marcação do pleito, aquela postergação do presidente da Assembleia Geral em fornecer a relação dos sócios que estavam legalmente aptos a votar, enfim, todo aquele processo desgastante, o que nos levou então a não participarmos do pleito. Aconteceu o pleito. Nós, então com as provas que arregimentamos, entramos na Justiça. Entramos com uma tutela antecipada afim de anularmos a eleição porque nós acostamos aos autos um sem número de elementos, de provas que colocaram o pleito sob suspeita. No decorrer do processo, nós tivemos que promover uma emenda da inicial em razão dos atos administrativos já praticados, que ao ver da meritíssima juíza que julgou o processo, tinha perdido objeto. Nós então instruímos o feito, uma emenda, e essa emenda motivou a juíza a dar a tutela antecipada, anulando a eleição havida em 2011. Agora vamos aguardar os acontecimentos porque, na verdade, todas as partes havidas, inclusive o presidente do Vasco, é considerado um interino. Ele não tem legitimidade para dirigir o Vasco. Vamos ver o que vai acontecer no futuro porque agora nós vamos conseguir aquilo que pleiteávamos: um recadastramento dos sócios antigos e um cadastramento dos sócios novos, para que a Assembleia Geral tenha legitimidade para eleger um novo presidente. Assim nós iremos participar de um pleito limpo e legal."

DIRETORIA E CONSELHOS SEM PODERES

"Eles não têm mais legitimidade dentro do Vasco, embora a juíza, para não deixar o Vasco numa vacância, considera a direção administrativa do Vasco, o presidente, como um interino, até que as coisas se resolvam definitivamente. Vai ter que haver uma nova eleição, um recadastramento, um cadastramento dos novos sócios, e aí será marcada uma Assembleia Geral legítima. Agora, os atos que eles praticaram são todos eivados de nulidade. Eles não são válidos. O Vasco está numa situação provocada por eles mesmos, porque essa eleição foi uma das eleições mais fraudadas que já houve no Club de Regatas Vasco da Gama. Eles vão ter que se acertarem com o estatuto que eles violaram desde o primeiro momento e continuam violando, e outras coisas que acontecem, que estão por lá e que vão vir à tona com o decorrer do tempo."

SITUAÇÃO RECORRER

"Não é uma decisão definitiva. Recorrer, todos sabem que isso é da Constituição brasileira. De todo processo existe recurso. Agora, diante das provas que nós temos nos autos, dificilmente eles vão conseguir elididas, porque eles em momento algum jogaram de maneira clara e limpa conosco. Eles sempre fizeram as coisas obscuramente, vão tentar fazer com a Justiça e vão perder de novo. A sentença será mantida. Tenho certeza que a justiça será feita e confirmada, se for ao tribunal, porque a sentença é lúcida, está calcada em elementos probatórios e bastante efeito jurídico, que eles não têm como elidir."

A VERDADE PREVALECER

"Eu também, como vascaíno, desejo isso, que a coisa caminhe para um processo eleitoral limpo e que os vascaínos tenham um presidente legitimamente eleito, e não eleito de forma irregular."

Fonte: NETVASCO (transcrição)