O que passa na cabeça de um jogador que não pode fazer aquilo de que mais gosta por causa de uma lesão? Para piorar, o que acontece quando esse atleta detesta academia? Quem vive essa situação no momento é o atacante Eder Luis. Em recuperação de uma cirurgia no pé esquerdo, o jogador pega pesado na musculação, mesmo sem gostar dos exercícios, e espera estar em campo na estreia na Libertadores, dia 8, contra o Nacional. Ele conta que seu único desejo em 2012 é não se machucar novamente.
Melhor jogador em campo na final da Copa do Brasil e um dos destaques do Vasco na última temporada, Eder Luis quebrou um osso do pé esquerdo na partida contra o Avaí, dia 19 de novembro, e ficou fora da reta final do Brasileiro e da SulAmericana. Agora, ele espera ajudar a equipe até o fim de todas as competições de 2012.
“Espero que seja um ano sem lesões. Isso é que eu mais quero para a minha carreira. Não quero que aconteça o que estou passando agora, e ano passado tive uma ótima sequência sem me machucar.
Quero recuperar a parte física e conquistar a melhor técnica para ajudar muito o time em um ano tão importante. Quero a Libertadores, quero voltar a ser o Eder de sempre”, desabafou o atacante, que está em Atibaia com o restante do grupo.
A pressa para se recuperar tem outra explicação. Embora seja um atleta aplicado, o bem-humorado atacante reconhece que odeia malhar. Ele revela que termina esgotado cada período de atividade, que tem duas horas de duração.
“Tenho feito tudo que o pessoal da comissão técnica pede. Não saio mais da academia. E olha que não gosto de musculação (risos). Faço porque sou atleta e sei que é necessário ter um bom porte físico atualmente. Ainda mais eu, que sou menor e mais frágil. Esse tipo de trabalho me ajuda a ficar mais forte e aumenta a minha explosão para dar arrancadas”, ressaltou o camisa 7, que tem a velocidade pelos lados do campo como principal característica.
Jogador já está na reta final da recuperação
Nas últimas etapas do tratamento fora de campo, Eder Luis prefere não prever uma data para o seu retorno. A expectativa, porém, é que o jogador fique à disposição para atuar na estreia da Libertadores, dia 8, mesmo que seja apenas em parte do jogo.
“É uma situação ruim, chata. Lógico que quero ter contato com o gramado e com a bola o quanto antes, mas não posso ficar pensando nisso agora. Tenho que ter paciência e estar pronto para quando o treinador precisar. Acredito que não vou ter medo de colocar o pé que machuquei nas jogadas, pois vou esquecer o problema que tive para voltar bem”, disse o veloz atacante vascaíno.
TIRO LIVRE
EDER LUIS
Atacante do Vasco
1. Como você encarou a notícia de que tinha que operar o pé esquerdo justamente nas férias?
— A contusão em si não é uma coisa boa para o atleta, mas, especificamente, eu não tenho do que reclamar agora. Deu tudo certo na minha cirurgia. Desde que voltei, mesmo sem trabalhar dentro de campo, tenho me preparado muito para reforçar a minha musculatura.
2. Você acredita que está em desvantagem em relação ao restante do grupo do Vasco por não ter entrado emcampo durante a pré-temporada?
— Quando um atleta perde a pré-temporada para se recuperar de lesão, ele larga atrás em relação aos companheiros. Mas estou tentando não deixar a diferença ser tão grande. A ideia é fazer de tudo para não sentir tanto quando for para o campo.
3. Como você vê o Vasco na Libertadores deste ano. Acha o time um dos favoritos ao título?
— Assim como todos os outros clubes do futebol brasileiro, o Vasco tem condições e time para buscar o título. Estamos trabalhando com essa ideia, e é lógico que acreditamos nisso. Porém, temos que respeitar todos os adversários, pois o futebol sul-americano está muito forte.
4. Você sempre se destacou por se doar muito em campo. Tem medo de algo mudar após esse problema?
- Lógico que não. Independentemente do placar, sempre me doei até o apito final e, quando saí de campo, foi porque não aguentava ficar em pé. Eu sou assim e não vou mudar. Não vai faltar luta com a camisa do Vasco.
Fonte: Marca Brasil