Quase dois meses depois do Vasco e Flamengo, dia 4 de dezembro, Péricles Baosols não se importa em falar do erro no pênalti não marcado em cima de Diego Souza no jogo do Engenhão.
— Não tem como brigar com a imagem. A única coisa que a imprensa e a opinião pública têm que entender é que o árbitro não vê a foto estática nem a câmera lenta. É diferente. Na hora, tem as limitações de campo, como qualquer jogador tem — disse Péricles, que é dentista e está acostumado a receber cobranças dos clientes.
Na defesa do árbitro também entra a incompetência dos jogadores em campo.
— Naquele dia, os jogadores perderam gols cara a cara, assim como outros erram passes. A conta do resultado não é do árbitro, que toma de 180 a 300 decisões no jogo. Por causa de um erro em uma, ele não pode ser crucificado — afirmou.
Sincero, Rabello considerou que Péricles teve um ano “tecnicamente muito ruim”, mas não em 2011, e sim em 2010, quando ele saiu do quadro da Fifa.
— Péricles avançou muito, corrigiu seu posicionamento, no aspecto disciplinar. Ele não é indicado para a Fifa por um jogo. Nesse clássico, ele realmente teve uma arbitragem muito ruim — disse Rabello, que lembrou também da reclamação dos vascaínos, como do ex-dirigente Rodrigo Caetano, quanto a outro pênalti no clássico do primeiro turno. Foi Péricles Bassols também que apitou o jogo.
— Quer reclamar, tudo bem, mas essa conta tem que ser dividida. No primeiro jogo ninguém lembra que o Vasco jogou um tempo inteiro com um a mais. E a culpa é do árbitro? O Péricles tem todas condições de ir longe, é um bom árbitro.
Apesar dos boatos de ameça contra ele, Péricles garantiu que não mudou sua rotina por causa disso.
— Disseram isso da academia, mas lá tem muita gente. Alguém pode ter ouvido falar alguma coisa, mas não houve nada que chegasse até a mim — disse o árbitro, que perdoou Felipe e Renato Abreu pelos xingamentos ao fim do jogo.
Fonte: Extra