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Ídolo do Vasco, Juninho Pernambucano chegou na madrugada desta terça-feira a Atibaia, interior de São Paulo, cidade sede da pré-temporada do clube. Dois quilos mais magro, o camisa 8 iniciou os trabalhos com o elenco cinco dias após a reapresentação debaixo de muita chuva, porém, com disposição de sobra. Ele espera estar à disposição do técnico Cristóvão no dia 22 de janeiro, quando o time faz a sua primeira partida oficial do ano contra o Americano, no estádio Moacyrzão, em Macaé, pelo Campeonato Carioca. A estreia na Copa Libertadores será no dia 8 de fevereiro, contra o Nacional, do Uruguai, em São Januário.

Animado ao iniciar a sua décima nona temporada como profissional, Juninho concedeu uma entrevista coletiva esclarecedora sobre os planos para 2012 e a possibilidade da aposentadoria. Durante as respostas, garantiu muita luta na disputa da Libertadores, mas não prometeu o sonhado bicampeonato da competição aos torcedores.

“Todo mundo quer a Libertadores, mas não dá para prometer que seremos campeões. Dá para dizer apenas que o nosso time vai lutar muito e procurar dar uma resposta positiva”, afirmou o craque.

Confira abaixo os principais trechos da entrevista com Juninho:

- Impressão no retorno das férias:

“O que dá para sentir é a enorme expectativa do torcedor. Foram 10, 11 anos sem disputar a Libertadores, que todo mundo gosta e sonha. A minha confiança é grande. Estou começando o meu décimo nono ano como profissional com a mesma vontade. Espero ajudar o Vasco a fazer uma grande campanha em todas as competições e buscar títulos. Tivemos algumas perdas importantes, casos do Eder Luis e Rômulo, mas espero que possamos fazer um grande trabalho”.

- Apresentação tardia:

“Acho que não vai fazer diferença. Quando voltei do Catar estava completando um ano e precisava de férias. Na época, o Ricardo Gomes me propôs 10 dias, mas preferi entrar logo para não perder o ritmo. Precisei de mais alguns dias para resolver problemas e até para descansar um pouco mais. Segui um programa passado pelo Poletto (preparador físico) e mantive uma boa condição. Acredito que a partir do dia 22 estarei em boas condições”.

- Décima nona temporada como profissional:

“É um privilégio. Faço o que gosto. Muitos amigos e companheiros de trabalho não tiveram essa sorte. O primeiro é não lamentar nada e agradecer a Deus por estar com saúde e jogar futebol profissional. Tem dias que o corpo não responde como gostaria, alguns dias que a gente fica um pouco para baixo em razão de a resposta não ser tão rápida, mas em outros recuperamos com alimentação e descanso. Espero reagir muito bem, mas a vontade de jogar é grande”.

- Novo contrato com o Vasco:

“O Vasco me propôs um ano de contrato, mas preferi renovar por seis meses. É um pouco diferente do contrato de quando voltei, mas também será por objetivos conquistados. Acho que é muito bacana, pois me motiva. Foi um jeito que me deixou mais liberado e por isso consegui jogar no último Brasileiro. Sei que é um tiro curto e vou me dedicar ao máximo. Depois dos seis meses, se achar que não tenho mais condições, paro de jogar. Se tudo correr bem, prolongamos e decido minha vida mais para a frente”.

- Aposentadoria:

“Sonho e espero continuar dentro do futebol, mas não é uma coisa que passa pela minha cabeça assumir algum cargo no Vasco logo que parar. Acho que preciso me preparar um pouco mais. Hoje a minha cabeça está totalmente voltada para o campo. Sou um jogador de futebol profissional. Quero jogar, render, ajudar o Vasco a ganhar. Não dá para ficar mudando muito o foco, porque aí é melhor parar. Fora de campo não é a hora”.

- Posicionamento em 2012:

“Será de acordo com o que o Cristóvão decidir. Mas acho que o meu rendimento foi melhor quando cheguei mais de trás com o Rômulo e o Nilton. Para tentar ditar o ritmo do jogo e ajudar o time. A primeira preocupação é colaborar e disputar a posição com os outros jogadores”.

- Última Libertadores:

“Talvez seja a minha última Libertadores. Não sei se estarei jogando futebol no ano que vem. É o que todo mundo sonha e ainda dá a oportunidade de jogar o Mundial de Clubes, que o Vasco ainda não conquistou como muitos outros grandes times do Brasil. É mais por essa expectativa. Representa muito, pois tive a sorte e felicidade de ter participado da única conquista de Libertadores até agora do Vasco. E acho que isso pode servir de exemplo para todos os jogadores. É mais importante para o clube, ficou marcado. Mostra que vale a pena se dedicar por isso. Sonho em voltar a ser campeão pelo Vasco”.

- Bola parada:

“Acho que caí muito na reta final do Brasileiro por falta de treinamento. É uma repetição muito grande. Um tipo de treinamento mais arriscado até do que outros. E muitas vezes preferi não treinar e confiar apenas no talento. Faz falta porque essa repeitição acostuma. Espero voltar com o pé um pouco mais calibrado”.

Fonte: UOL