Tamanho da letra:
|

Supervisor Daniel Freitas fala de sua atuação na negociação por reforços


Quarta-feira, 04/01/2012 - 10:30

O presidente Roberto Dinamite prometeu anunciar nesta quarta-feira o nome do diretor de futebol que substituirá Rodrigo Caetano. Mas, desde o dia seguinte da saída do ex-executivo vascaíno, o supervisor Daniel Freitas é quem toca as negociações em São Januário. Formado em Educação Física e pós-graduado em Gestão Esportiva pela FGV, Daniel, de 40 anos, foi quem fechou as contratações de Thiago Feltri, que segundo ele ainda estavam só no começo, e finalizou a de Rodolfo.

O supervisor passou a acumular as funções operacionais e de gestão de jogadores de futebol a pedido do próprio presidente e do vice José Hamilton Mandarino. No dia seguinte à reunião que selou a saída de Caetano, Daniel recebeu todas as informações para seguir tratando dos reforços.

— Não vejo a questão de negociar com empresários um bicho de sete cabeças. Claro que os valores são muito mais altos e que ninguém me conhecia, já que ficava mais na retaguarda, mas eu me preparo para isso. Não quero ser para sempre supervisor. Eu estudo para ser gestor. Não vou ter medo desse desafio, se realmente acontecer de ser a pessoa escolhida — disse Daniel, que chegou ao Vasco em agosto de 2008.

Daniel conta com o apoio do meia Felipe e de outras pessoas na diretoria. Mais presente no futebol, Dinamite também teria um profissional que não centralizaria as ações no clube.

Desafio semelhante ao de Cristóvão

Com liberdade para tomar as decisões no futebol do clube desde a saída de Rodrigo Caetano, Daniel Freitas viu semelhanças na missão dele à frente do Vasco nos últimos dias com a de Cristóvão Borges nos últimos tempos.

- Conversei com o Cristóvão sobre isso esses dias. Claro que são motivos diferentes que substituímos dois grandes profissionais, mas há semelhanças, até no tamanho dos desafios - disse Daniel Freitas.

No curto período que comandou as negociações, Daniel foi responsável pela desistência da negociação com Kleber, do Internacional. Segundo ele, os valores que Rodrigo Caetano tinha passado da proposta vascaína pelo lateral e a contraproposta do empresário do jogador eram muito distantes.

- Houve uma postura radical do representante do jogador, que nos trouxe uma contraproposta completamente fora da realidade. Depois, quando íamos dicutir os valores, eles desmarcaram a reunião por causa de decisões particulares, mas soubemos que iriam se encontrar com o Santos e resolvi cancelar as negociações - disse ele, que não cria expectativas para assumir o posto.

- Nunca tive uma conversa clara sobre isso, mas tive algumas sinalizações de que estão satisfeitos com meu trabalho. Sei que é um mercado difícil de se estabelecer, mas meu dia vai chegar.

Fonte: Extra online