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Confira entrevista com Diogo Silva, terceiro goleiro do Vasco


Segunda-feira, 26/12/2011 - 09:44

O que você faria se fosse jogador e a última opção de uma posição onde o titular não fica de fora de uma única partida? Certamente não pensaria duas vezes e faria tudo para mudar de ares, para trocar de clube. O nosso entrevistado de hoje, porém, foge da mesmice e acredita que apesar de todas adversidades terá um futuro brilhante no Club de Regatas Vasco da Gama.

Estamos falando de Diogo Silva, que chegou ao cruzmaltino após parar o 'Trem-Bala' numa partida do Campeonato Estadual. Com 25 anos de idade e hoje terceira opção para a posição de goleiro do Gigante da Colina, o jovem revelado no Nova Iguaçu falou com exclusividade para o SuperVasco.com sobre a temporada de 2011, que segundo ele foi especial pelo fato de ter conseguido chegar a um clube da grandeza do Vasco.

Natural de Cuiabá, capital do Mato Grosso do Sul, Diogo revelou como o grupo superou o problema sofrido por Ricardo Gomes, rasgou elogios para Carlos Germano e revelou qual é o seu maior desejo: fazer sucesso com a camisa do Vasco.

Confira abaixo a entrevista exclusiva concedida pelo atleta:

Você despertou o interesse do Vasco após fechar o gol contra o Cruzmaltino numa partida do Campeonato Carioca, que terminou com vitória da sua ex-equipe, o Nova Iguaçu. Daquela data até agora muitos meses se passaram e por conta disso gostaria de saber: o que mudou na sua desde aquele dia?

Não mudou muita coisa, pois continuo sendo a mesma pessoa. Os meus princípios, objetivos e alguns sonhos são os mesmos. O que mudou é que agora eu estou no Vasco da Gama, um clube de milhões de torcedores apaixonados. Isso é muito gratificante e incentiva a trabalharmos todos os dias.

Você chegou ao Vasco em maio, mas em nenhum momento esteve próximo de estrear. Como você avalia sua passagem no Vasco até agora?

Eu avalio como uma boa passagem, pois sempre estive preparado para entrar em campo e jogar. Esse momento não aconteceu ainda porque hoje o Vasco tem um grande goleiro e em nem um momento foi preciso substituí-lo. Mas o trabalho no dia a dia é muito importante e graças ao senhor Jesus posso ajudar. Não foram os 18 relacionados que vão para os jogos que fizeram com que o Vasco voltasse a ser o Vascão e dá muitas alegrias, mas sim o elenco todo junto a comissão técnica e a diretoria.

O goleiro reserva do Vasco hoje é o Alessandro, que chegou ao clube em 2010 e ainda não atuou numa partida sequer. Como fazer para se manter motivado mesmo sabendo que suas chances de jogar são mínimas?

Só de estar no Vasco já é a maior de todas as motivações. Hoje eu estou mais perto de jogar num dos clubes grandes do que antes.

O Fernando Prass jogou todas as partidas oficiais do Vasco na temporada de 2011. Durante os treinos, você e o Alessandro pedem para ele ‘descansar’ um pouco?

Rola aquela brincadeira (risos). Mas no lugar dele eu também me colocaria a disposição para todos os jogos.

Você tem como preparador de goleiros o Carlos Germano, que tem história no clube e um ídolo da torcida. Como é trabalhar com esse profissional?

Maravilhoso. É um cara do bem, de bom caráter, sincero, simples... Se um dia eu conseguir ser quinze por cento do que ele foi no Vasco, ficarei muito feliz.

O Carlos Germano conversa com você a respeito da falta de oportunidades no gol vascaíno?

Conversa. Ele é um cara que jogou e que sabe como conduzir muito bem todas as situações. Sempre passa bastante confiança e tranqüilidade. Manda eu continuar trabalhando e buscando meu espaço. Eu quero poder um dia ajudar o Vasco jogando, mas o mais importante é trabalhar e poder ajudar de alguma forma. Eu estou muito feliz por estar no Vasco e não pretendo sair tão cedo.

Você fez parte do grupo que reconquistou a confiança do torcedor vascaíno. O que você pode falar sobre ele? É verdade que vocês formaram uma família em 2011?

Falar desse grupo não é difícil. Muitos jogadores são consagrados por já terem conquistado muitos títulos. São jogadores que são acostumados a ganhar títulos e que não acomodam com isso, querem sempre mais. O Vasco montou um grupo campeão, com jogadores que sabem lidar com qualquer situação dentro ou fora de campo. Eu aprendi muito com eles. Pode ser falar família, mas a verdade é que o Vasco tem um grupo de vencedores que querem vencer e fazer historia no clube. Todos deixam a vaidade, que é uma coisa que atrapalha muito um grupo que conquistar seus objetivos, e passam por cima das adversidades rumo aos objetivos.

Como o grupo fez para superar o problema do Ricardo Gomes? Houve algum tipo de acompanhamento psicológico?

É como eu já falei: são jogadores vencedores, determinados e que sabem o que quer. O momento era muito difícil e a situação do nosso querido professor Ricardo era muito complicada, mas com muita vontade determinação conseguimos superar. Graças a Deus conseguimos e o professor Ricardo esta com vida. Costumo dizer que Jesus o ressuscitou.

Quais são seus planos daqui para frente? Pretende continuar no Vasco ou pensa em jogar o Estadual por outro clube?

Permanecer no Vasco e continuar ajudando. Vou continuar em busca do meu espaço e fazer, junto com esse grupo, com que o Vasco permaneça daqui pra frente fazendo o que fez nesse ano.

Você já foi procurado para renovar?

Essas coisas eu deixo na mão do meu empresário, Jorge Moraes, e me preocupo só em treinar firme para estar sempre preparado.

Que mensagem você deixaria para a torcida vascaína?

Continue junto com esse grupo, que juntos, assim como foi este ano, estaremos sempre brigando por títulos, conquistando títulos e todos nós ficaremos felizes.








Fonte: Supervasco