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Vasco mira estrangeiros, mas quer apagar experiências que não deram certo


Quinta-feira, 15/12/2011 - 08:40

Em sua volta à Libertadores após 11 anos, o Vasco quer falar a língua mais usada na competição. Assim, vai em busca de nomes da América do Sul para reforçar a equipe. No entanto, nos últimos anos os estrangeiros não deixaram saudades em São Januário. A maior parte dos que passaram pelo clube entrou poucas vezes para defender o time em partidas oficiais.

O último a fazer a diferença com o Vasco foi Conca, que esteve no clube em 2007. No início, foi pouco aproveitado pelo técnico Renato Gaúcho, mas terminou aquela temporada como um dos principais nomes da equipe. Sua transferência para o Fluminense logo em seguida gerou uma mágoa nos torcedores. Seu compatriota Emiliano Dudar, zagueiro, teve oportunidades como titular, mas não mostrou qualidade suficiente para ficar marcado.

Desde que Roberto Dinamite tomou posse como presidente, em julho de 2008, o Vasco contratou sete estrangeiros, todos da América do Sul. Até o fim da atual temporada, a equipe contava com o paraguaio Irrazábal, lateral-direito, e o meia argentino Chaparro. O primeiro não teve o contrato renovado, e o segundo, que está perto de completar 21 anos, segue como uma aposta para 2012.

No clube desde 2009, Rodrigo Caetano participou das contratações de Irrazábal e Chaparro, além do argentino Matías Palermo e de Jadson Viera. Nascido no Brasil, mas criado no Uruguai, o zagueiro jogou apenas duas vezes sob o comando de Paulo César Gusmão em 2010 e foi emprestado ao Nacional de Montevidéu. No início da semana ele esteve em São Januário para acertar sua rescisão. Seu reencontro com o Vasco será na Libertadores, já que as duas equipes estão no mesmo grupo.

- O Irrazábal era titular do Cerro Porteño e foi pouco usado. Mas pelo lado bom, ajudou o Fagner a se firmar na equipe titular. O caso do Jadson causa estranheza, porque chegou com currículo, voltou ao Uruguai, foi campeão e é incontestável. Mas aqui não conseguiu jogar. Nós fazemos opções e pesquisamos, mas é preciso haver um período de adaptação. O curioso é que os que deram certo no Brasil foram os que não tiveram sucesso em seus países de origem, como Montillo e Conca. Eu acredito no Chaparro, que é muito jovem e no ano de 2011 ganhou experiência. Ele teve poucas chances porque a equipe encaixou. Agora, com Carioca e Libertadores, espero que ele possa estar melhor preparado para mostrar seu potencial - observou Rodrigo Caetano.

Em seus dois primeiros títulos do Campeonato Brasileiro, o Vasco contava com estrangeiros entre os titulares. Em 1974, o argentino Andrada era o camisa 1 da equipe que tinha o atacante Roberto Dinamite; em 1989, o equatoriano Quiñonez formava a dupla de zaga com Marco Aurélio. Nos dois últimos anos, entrentanto, alguns gringos passaram por São Januário sem sequer serem notados. No início de 2009 o clube apostou nos paraguaios Vera e Benítez. No ano passado foi a vez de o argentino Matías Palermo chegar, disputar um jogo e ir embora.

Para 2012, o clube vem monitorando jogadores que mostram qualidade em equipes da América do Sul mas que ainda não despertaram interesse de clubes europeus – o que tornaria a concorrência quase impossível de ser vencida. Em São Januário, fala-se que a intenção da diretoria do Vasco é contratar dois estrangeiros, preferencialmente para posições do setor ofensivo.

Confira quem foram os estrangeiros que passaram pelo Vasco na Era Dinamite:

Julio César Irrazábal (lateral-direito/Paraguai) - 13 jogos, sem gols (2010 e 2011)
Chegou ao Vasco após boas partidas pelo Cerro Porteño, mas sentiu o peso de defender um grande clube do Brasil. Ficou encostado durante todo o ano de 2011 até deixar o clube ao fim do seu contrato

Leandro Chaparro (meio-campo/Argentina) - 4 jogos, sem gols (2011)
Teve poucas chances em sua primeira temporada. No entanto, a intenção é de que em 2012 tenha mais espaço. É tratado em seu país como uma revelação.


Jadson Viera (zagueiro/Uruguai) - 3 jogos, sem gols (2010)
Nascido no Brasil mas radicado no Uruguai, o zagueiro foi contratado após bom desempenho no Lanús, da Argentina. Não foi utilizado por Paulo César Gusmão e foi emprestado ao Nacional. Titular, será adversário do Vasco na Libertadores do ano que vem.

Matías Palermo (meio-campo/Argentina) - 1 jogo, sem gols (2010)
Passou por um período de testes em São Januário mas não agradou.



Milton Benítez (meio-campo/Paraguai) - 4 jogos, sem gols (2009)
Foi contratado na reconstrução do clube após o rebaixamento, no início de 2009, e quase não foi aproveitado pelo técnico Dorival Júnior.


Pedro Vera (volante/Paraguai) - nenhum jogo disputado (2009)
Chegou ao clube junto do compatriota, mas sequer entrou em campo vestindo a camisa do Vasco.


Fonte: GloboEsporte.com