No último domingo, o tricampeão mundial Nelson Piquet emocionou os brasileiros ao ser homenageado pela direção do GP Brasil de Fórmula 1, em Interlagos, e pilotar o modelo BT49 da extinta equipe Brabham. A atitude de ostentar uma bandeira do Vasco, seu clube de coração, provou que sua paixão pelo Gigante da Colina anda a mil por hora, ainda mais com a chance de conquistado pentacampeonato nacional. Piquet espera que sua singela homenagem faça o Trem-Bala atropelar o Flamengo e chegar na frente.
MARCA BRASIL: Você emocionou o público presente a Interlagos e empunhou, no território inimigo, uma bandeira do Vasco para homenagear o clube. Esperava que a atitude tivesse tanta repercussão?
Nelson Piquet: Não dava para perder a oportunidade de homenagear o meu time, ainda mais no terreno do adversário em plena fase final do campeonato. O autódromo estava lotado e, além disso, tinha a cobertura da televisão do mundo inteiro. É bom dar uma força para os jogadores nessa hora.
MB: Escutou alguma brincadeira por parte da torcida do Corinthians por causa da homenagem ao rival que disputa o título?
NP: Por incrível que pareça, quem mais pegou no meu pé foram os meus amigos flamenguistas. Eu perguntava se eles tinham gostado de ver a bandeira do Vascão nas TVs do mundo inteiro. E já avisei: Se o Vasco for campeão, vou ligar de volta para cada um para perturbar mais um pouco (risos).
MB: Acompanhou o clube ao longo do ano e aponta algum destaque na campanha que pode culminar com o título brasileiro?
NP: Confesso que não conheço muito bem o pessoal de hoje. Meu contato maior sempre foi com o Roberto Dinamite, que conheço há muitos anos. Mas a minha homenagem foi para o time inteiro e para todos os vascaínos do Brasil.
MB: Tem alguma história bacana para contar sobre essa paixão pelo Vasco? Lembra de algum jogo inesquecível ou especial?
NP: Uma história interessante é de como me tornei vascaíno, já que meu pai torcia pelo Fluminense. Foi tudo por influência do meu padrinho, um português muito legal chamado ‘seu’ Alfredo. Minha casa na Tijuca ficava em frente à casa dele, na rua Angelo Agostini. É bacana como essas coisas da infância nos acompanham durante a vida toda.
MB: Vai torcer junto com a família para empurrar o Vasco rumo ao título brasileiro, ainda mais sobre o Flamengo?
NP: Vou torcer em casa com minha família. E é o seguinte: se o Vascão for campeão, vou leiloar aquela bandeira de Interlagos via Internet e todo o dinheiro arrecadado vou entregar pessoalmente, vestido com a camisa do Vasco, para o Pró-Vida aqui de Brasília, que cuida de 400 crianças carentes.
MB: Vale tudo na hora de secar o Corinthians e poder levantar o troféu de campeão?
NP: O divertido do futebol é isso. Você torce para o seu time e ainda pode provocar os amigos dos outros times. Só não vale violência.
Fonte: Marca Brasil