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Carioca de nascimento e coração, Abel Braga deixa de lado a paixão do torcedor para fazer uma análise da participação dos grandes clubes do Rio de Janeiro na Série A. Empolgado com os bons resultados, celebra um ano de vitórias, independentemente dos resultados da última rodada do Campeonato Brasileiro, que ainda não tem seu campeão definido, com Corinthians e Vasco na briga.

Hoje, são três cariocas entre os quatro primeiros colocados. Em nono, o Botafogo ainda tem chances de conquistar uma vaga na Taça Libertadores do ano que vem, justamente, no clássico com o Fluminense, time comandado por Abel, domingo, às 17h (de Brasília), em Volta Redonda.

Nem mesmo esse confronto diminui a vontade de Abel em exaltar o momento do futebol do Rio, que sequer passou perto da zona de rebaixamento da competição. E segue na torcida pelo título do Vasco, que precisa vencer o Flamengo, no Engenhão, e torcer por uma derrota do Corinthians para o Palmeiras, no Pacaembu.

Saí de campo chateado no domingo (quando o Fluminense perdeu por 2 a 1 para o Vasco), mas estou na torcida por eles. Sou carioca, trabalho no Rio e quero o futebol daqui mais forte. Não trabalho nem penso contra, apesar da rivalidade. Jogo pelo meu estado – afirmou Abel, que defendeu Fluminense Vasco como jogador.

No último domingo, mesmo após perder o clássico, ele já havia manifestado apoio ao rival.

Abel lamenta a situação do Botafogo, que precisa vencer o Fluminense e torcer por tropeços de Coritiba, Figueirense, Internacional e São Paulo para conseguir a última vaga na Taça Libertadores. Mas não admite critica ao trabalho dos quatro grandes clubes da cidade nesta temporada.

- O Botafogo ainda tem chance, mas é complicado. A coisa desandou num momento difícil do campeonato. Quatro ou cinco rodadas atrás, a condição era boa de os quatro entrarem na Libertadores. Mas o futebol do Rio está de parabéns, com um time brigando pelo título e tr~es por vaga na Libertadores – comentou Abel.

A valorização do trabalho dos times do Rio passa pela dificuldade encontrada pelo treinador em sua chegada ao Fluminense. Depois de alguns anos no Oriente Médio, percebeu o crescimento do Campeonato Brasileiro e as batalhas que se travam a cada rodada da competição.

- Não existe mais local do jogo, peso de camisa ou número de torcedores. O campeonato cresceu por causa do grau de dificuldade. É raro acontecer uma goleada. Não se ganha um jogo facilmente – explicou Abel, à espera de mais uma batalha contra o Botafogo, que vem de cinco derrotas seguidas. - Nunca vi uma equipe que não está bem chegar fragilizada em um clássico.

Fonte: GloboEsporte.com