Os atores Romeu Evaristo e Desirée Oliveira, que fazem parte do elenco do programa "Zorra Total", terão um dia de gravação inesquecível amanhã. Não, o Angolano não conseguirá finalmente tascar um beijo em Carolaine. O encontro entre os dois será apimentado, mas por outro motivo. Torcedores fanáticos de Fluminense e Vasco, eles vão ter que "se aturar" após o clássico de hoje, que pode tirar um dos times da briga pelo título brasileiro.
"Desirée não vai nem gravar. O Vasco vai perder e ela vai estar com a cara inchada" provoca Romeu, prontamente rebatido por Desirée: "Eu vou chorar de emoção, de alegria. Vou gravar linda, toda fantasiada de Vasco. Ele vai ter que aguentar. Já vou chegar cantando o hino para ele escutar"
Se no trem, Carolaine é a "Mulata Difícil", que não dá brecha ao galanteador Angolano, Desirée acredita que, logo mais, no Engenhão, este papel será interpretado por Dedé. "O Dedé vai ser um "Mulato Difícil" no jogo. Ele não vai entregar, duvido. Dedé tá maluco! Ele faz quase tudo em campo. Quem é Fred? Não vai ter para ele não" garante a atriz.
Musa da Força Jovem, maior torcida organizada do Vasco, ela, sempre que pode, acompanha os jogos em São Januário. Desirée é daquelas mulheres responsáveis por acabar com a antiga máxima machista "mulher não entende de futebol". Viciada no esporte e entendedora do assunto, ela se tornou vascaína sem influência de ninguém, foi amor à primeira vista.
"Meu irmão jogava no Vasco, mas minha família nem é vascaína. Também joguei futebol soçaite no Vasco. Comecei a gostar, até um dia que meu tio me levou para a torcida e me apaixonei. Chorei na primeira vez que vi a torcida em São Januário", lembra.
Paixão também não falta no coração tricolor de Romeu Evaristo. Assim como a companheira de cena, ele sabe tudo de futebol nunca deixou de acreditar no bicampeonato, mesmo após o primeiro turno ruim do Fluminense. "De um time que a torcida grita 'Guerreiro' e cantava na década de 80 'A bênção João de Deus' a gente pode esperar tudo. E a essência da vida: o coração", explica.
A intimidade de Romeu com o futebol vem de longa data. Depois de jogar na várzea, o ator teve uma breve carreira como auxiliar técnico do amigo e também ator Nuno Leal Maia. "Durou seis anos. Começamos no Bangu, fomos para o São Cristóvão, Botafogo da Paraíba, Londrina e Matsubara. Foi uma experiência muito agradável. E não fiz feio não. Ganhamos um turno do Campeonato Paranaense pelo Londrina. O técnico do Atlético-PR era o Leão e o time tinha Paulo Rink e Oséas, que foi campeão brasileiro depois" lembra Romeu, orgulhoso.
Apesar do fanatismo pelo Fluminense, Romeu não conseguiu fazer com que sua filha, Dandara, se tornasse tricolor. Mas, malandro, diz que foi melhor para a família. "A minha mulher é Flamengo e minha filha também. Meu filho é Fluminense. É bom essa mescla porque toda unanimidade é burra" brinca.
Fonte: O Dia