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Ex-colegas relembram o passado de Dedé na base do Fluminense


Quarta-feira, 23/11/2011 - 07:04

Já faz um ano e meio que Dedé marca diferenças para o Vasco dentro de campo. Ídolo da torcida, ele é considerado o melhor zagueiro do Brasileiro e candidato até a craque da competição. No entanto, o Mito da Colina passou pelo celeiro de craques do Fluminense em Xerém e só não foi aproveitado entre os profissionais por causa de seguidos casos de indisciplina. Erros reconhecidos recentemente pelo jogador, que revela arrependimento pelo seu comportamento na ocasião.

Atualmente com 23 anos, Dedé chegou ao CT de Xerém em 2006, após uma parceria entre o Volta Redonda, clube que o atleta defendia, e o Fluminense. Lá, ele conheceu Tartá, Fernando Bob, Digão e logo mostrou o seu futebol. Entretanto, um problema crônico abreviou a história dele no Tricolor. Dedé, que chegou a disputar a Copa São Paulo de 2007 pelo clube, foi dispensado na metade desse mesmo ano.

Treinador do zagueiro na época, Anthoni Santoro lembra do jogador com carinho. Por isso, lamentou a falta de comprometimento de Dedé quando vestia a camisa do Tricolor.

“Dedé sempre foi um menino muito bom, educado, tranquilo e nunca tive uma desavença com ele. O único porém, e o jogador já falou sobre isso publicamente, é que não tinha compromisso com horário e chegava atrasado aos treinos. Principalmente os realizados às segundas-feiras. O atleta morava em Volta Redonda e alegava que perdia o ônibus para ir para Xerém”, revelou Santoro.

Em razão dos seguidos atrasos, ele acabou novamente no Volta Redonda, antes de ser negociado com o Vasco. Por isso, Anthoni, que ficou em Xerém até fevereiro de 2007, não esconde o orgulho ao falar sobre o atual momento do seu ex-comandado.

“Fico feliz de ver o jogador que o Dedé se tornou. Ele reconhece que errou nos tempos de Fluminense e isso reforça ainda mais o ótimo caráter que tem. Sempre foi uma pessoa correta. O que aconteceu em Xerém o tornou ainda melhor dentro e fora de campo”, disse.

Responsável pela aquisição do ‘Mito’ em 2006, Marcelo Teixeira, que era coordenador nas divisões de base naquele ano e atualmente é o gerente de futebol do Fluminense, não estava mais no clube quando Dedé foi negociado. Hoje, ele garante:

“Se eu estivesse no cargo naquela época, Dedé teria continuado no Fluminense”.

Ex-treinador lembra dia em que Dedé sumiu sem avisar

Embora não tenha sido considerado um jogador indisciplinado enquanto defendeu o Fluminense, em Xerém, algumas histórias curiosas envolvendo Dedé ainda são lembradas por quem trabalhou com o jogador nas divisões de base do Tricolor. Treinador do zagueiro na época, Anthoni Santoro contou um episódio no qual Dedé sumiu sem dar notícia.

“Ele era titular quando o clube pediu o documento de identidade dele para dar entrada na inscrição da Copa SP de Juniores e Dedé disse que o havia perdido. O jogador foi liberado para ir a Volta Redonda resolver a situação e se ausentou dos treinos por uns cinco dias sem dar satisfação. Ficamos a ver navios, sem saber o que estava acontecendo”, afirmou.

Hoje no time profissional do Tricolor, o volante Fernando Bob, no entanto, conviveu com Dedé, em Xerém, tempo suficiente para se tornar amigo do zagueiro do Vasco e da seleção brasileira. Para ele, o jogador merece o sucesso que tem feito.

“Convivi muito com o Dedé e fizemos uma grande amizade. Aquele grupo era muito unido e, sempre que encontro com ele dentro de campo, conversamos e matamos a saudade. Infelizmente, Dedé teve de deixar o Flu, mas fico feliz por ter dado certo em outro clube. Já foi convocado para a seleção brasileira e está voando, em uma excelente fase”, disse Fernando Bob, antes de admitir o que espera para o duelo.

“Tomara que ele dê uma aliviada no clássico contra a gente, domingo”, brincou.




Fonte: O Dia