Tamanho da letra:
Mandarino critica atuação do árbitro Leandro Pedro Vuaden
Quinta-feira, 17/11/2011 - 14:56
Em entrevista à Rádio Brasil, Mandarino critica a atuação do árbitro Leandro Pedro Vuaden (RS) em Palmeiras 1x1 Vasco, mas descarta representação na CBF.
"Eu gostaria de dar ênfase a um aspecto. Um aspecto que eu, como apreciador do futebol, independentemente da minha condição de diregente do clube, do Vasco, eu gostaria de dar destaque. Nós, apesar do mau desempenho, perdemos algumas chances, e não foram poucas, claras de gol, e tivemos um pênalti absolutamente ignorado pelo senhor Vuaden, e ignorado numa condição que ele deveria estar ali a uns no máximo oito, dez metros daonde aconteceu o pênalti, bem nítido para ele. Naturalmente que isso é uma coisa que me preocupa, não porque o Vasco foi prejudicado e atingido ontem, mas porque se consagrou, na imprensa esportiva brasileira, uma coisa que é uma verdadeira excrecência, um absurdo: 'Um juiz que deixa o jogo correr'. É uma coisa muito curiosa: 'Um juiz que deixa o jogo correr'. O que é isso? Isso, eu estou falando porque o senhor Vuaden é a expressão máxima desse tal 'Deixa o jogo correr'. O futebol, como qualquer outro esporte, tem regras claras, e regras submetidas com frequência, sobretudo no futebol, à interpretação, mas que são regras que devem ser aplicadas. As regras não podem ficar à mercê, subordinadas àquilo que o árbitro resolve determinar. O seu Vuaden é useiro e vezeiro a usar o tal de 'Deixar o jogo correr'. Isso é uma forma muito tranquila dele ficar acobertando os erros que frequentemente comete, porque apesar de ser, dentro do juízo daqueles que dirigem as arbitragens no país, considerado um árbitro de bom nível, mas é um árbitro que erra muito, que não tem critério absolutamente nenhum. Mais uma vez, infelizmente, ele deixou claro isso na partida de ontem."
CRITÉRIO DE NÃO APITAR QUALQUER FALTA
"Esse negócio de falta, é falta ou não é falta. Não existe isso. É a mesma coisa que você no vôlei dizer 'A bola bateu dentro da quadra ou não bateu dentro da quadra', 'O jogador invadiu a zona de jogo de outro ou não invadiu', 'Tocou na rede ou não tocou na rede'. Ora, os esportes têm regras para serem aplicadas e não ficarem subordinadas àquilo que o árbitro resolve determinar. Essa coisa, no Brasil, sobretudo, está se consagrando perigosamente, porque isso vai acobertando uma série de erros. Ontem ele cansou de fazer isso. Faltas claras que ele deixa de marcar, aí uma falta ali absolutamente discreta, ele marca. Eu estou dando destaque nisso, e não encarem vocês e aqueles que nos ouvem, como choro de quem está lamentando o empate. Não, absolutamente isso. Não é nada disso. Não jogamos bem ontem. Não jogamos bem e contamos com a infelicidade de termos um árbitro que é discutibilíssimo."
VASCO SE POSICIONAR JUNTO À CBF
"Posicionar? No outro dia eu estava falando sobre isso. A questão é a seguinte. Aqueles que têm a responsabilidade da arbitragem devem estar atentos com relação a isso, porque isso é óbvio. Isso vem com muita frequência prejudicando o desempenho das equipes em campo, prejudicando e alterando o resultado das partidas, influenciando artificialmente no resultado das partidas. Isso é óbvio. Eu acho que não é questão de se posicionar, é questão daqueles que têm a responsabilidade da condução e da orientação das arbitragens no país verem que uma série de práticas que hoje estão instaladas e se consagrando no futebol precisam ser revistas, reorientadas, porque não é por aí."
Fonte: NETVASCO (transcrição)