A equipe paulista, que horas mais cedo derrotou o Atlético-PR, no Pacaembu, tem os mesmos 61 pontos do Vasco, mas lidera no número de vitórias (18 x 17). O resultado negativo, segundo seguido do Botafogo no Engenhão, fez a equipe do técnico Caio Junior estacionar nos 55 pontos e ainda cair para a quinta posição. A quarta derrota do Alvinegro, que não tinha perdido nenhum clássico no Brasileirão até o momento, nos últimos cinco jogos evidenciou ainda a queda de rendimento da equipe na reta final da competição.
As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira. O Botafogo vai até Sete Lagoas para encarar o América-MG, às 20h30m (de Brasília). Logo depois, às 21h50m, o Vasco enfrenta o Palmeiras, no Pacaembu.
Depois da visita do técnico Ricardo Gomes à concentração vascaína, na tarde do último sábado, Cristóvão surpreendeu na escalação. Com Juninho Pernambucano, Élton e Alecsandro no banco, o interino repetiu a fórmula que deu certo na vitória sobre o Bahia: meio-campo recheado de volantes e ataque rápido com Diego Souza e Éder Luis. Os primeiro minutos da partida, porém, deram a impressão de que a opção vascaína tinha sido equivocada. Com calma, passes rápidos e seu time titular completo, o Botafogo começou sufocando e teve duas boas chances para abrir o placar com Herrera e Elkeson antes mesmo dos 10 minutos.
Aos poucos, no entanto, o Vasco encaixou a marcação e começou a levar muito perigo nos contra-ataques. Logo no primeiro deles, Fellipe Bastos já balançou a rede alvinegra. Alan achou Éder Luis livre na direita. O atacante tinha Diego Souza e Rômulo como opções no meio da área, mas o passe saiu errado e encontrou Bastos na corrida. O chute saiu seco e rasteiro. Em impedimento, Diego Souza pulou e acabou atrapalhando a visão de Jefferson, mas o bandeirinha validou o lance.
O gol abateu o Botafogo. À beira do campo, Caio Junior tentava orientar seus jogadores em vão. Em outra bobeada, novo contra-ataque e quase o segundo gol do Vasco. Após tabelinha com Fágner, Diego Souza, livre na marca o pênalti, chutou por cima do gol. Errando muitos passes e insistindo nas jogadas aéreas para Loco Abreu, o Alvinegro esbarrava em mais uma atuação segura de Dedé e quase não assustava Fernando Prass.
Marcando a saída de bola do adversário, o Vasco dominava as ações da partida sem dificuldades. E teve outra ótima chance de ampliar antes do intervalo em um momento de trapalhada da defesa do Botafogo. Diego Souza recebeu a bola em profundidade, mas perdeu na corrida para Antônio Carlos. O zagueiro, no entanto, deu um leve toque na bola e enganou Jefferson, que acabou derrubando o apoiador vascaíno. Pênalti. Diego pegou a bola e repetiu o estilo apresentado na cobrança bem executada diante do Universitário-PER, pela Copa Sul-Americana, na última quarta-feira, com corrida lenta e chute fraco. Ele só não esperava que o goleiro do Botafogo tivesse visto o lance pela TV. Resultado: defesa tranquila e jogo aberto.
O segundo tempo começou como se ainda fosse o primeiro: Botafogo perdido e Vasco soberano. De tanto insistir, não demorou muito para o Cruz-Maltino ampliar. Éder Luis já tinha perdido outra boa chance quando Dedé voltou a brilhar no ataque. Jefferson acabara de realizar um milagre em uma finalização de canela do zagueiro Renato Silva, quando o ídolo da torcida vascaína roubou a bola, driblou Elkeson e tocou para Rômulo. O volante abriu para Fellipe Bastos na esquerda e o cruzamento encontrou a cabeça de Dedé, que ainda aproveitou o erro de marcação de Cortêz para colocar 2 a 0 no placar. Com os dois gols sobre Universitário-PER, foi o terceiro gol do zagueiro-artilheiro na semana.
Quando tinha a bola, o Botafogo não sabia o que fazer com ela. A falta de objetividade alvinegra levava o goleiro Fernando Prass a ser um mero expectador. Com a chuva forte que caia sobre o Engenhão àquela altura, só restava ao Vasco esperar o tempo passar. O volante Rômulo ainda deu mais emoção à vitória ao ser expulso aos 31 minutos da etapa final por supostamente xingar o juiz Antônio Carvalho Schneider.
Nem mesmo a vantagem numérica foi suficiente para o Botafogo assustar. Com calma, o Vasco seguiu com a posse de bola e esperou apenas o apito final. De sua casa, Ricardo Gomes provavelmente sorriu. Trabalho bem feito mais uma vez.
VASCO 2 X 0 BOTAFOGO
Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 13/11/2011 - 19h (de Brasília)
Árbitro: Antônio Schneider (RJ)
Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia (RJ) e Rodrigo Corrêa (RJ)
Cartões amarelos: Dedé, Fagner (VAS); Jefferson, Bruno Tiago, Herrera (BOT)
Cartão vermelho: Rômulo (VAS)
GOLS: Fellipe Bastos, 15'/1ºT (1-0); Dedé, 14'/2ºT (2-0)
VASCO: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Renato Silva e Jumar; Rômulo, Fellipe Bastos (Nilton, 26'/2ºT), Allan e Felipe (Juninho, 34'/2ºT); Eder Luis (Diego Rosa, 46'/2ºT) e Diego Souza - Técnico: Cristovão Borges.
BOTAFOGO: Jefferson; Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Cortês; Marcelo Mattos (Bruno Tiago, intervalo), Renato, Elkeson e Maicosuel; Herrera (Caio, 19'/2ºT) e Loco Abreu - Técnico: Caio Junior.
Col. | Jogador | Média | Col. no ano | Média no ano |
1º | Dedé | 9.7411 | 1º | 7.8330 |
2º | Felipe | 8.3355 | 5º | 6.9330 |
3º | Fellipe Bastos | 8.3331 | 17º | 6.0306 |
4º | Fagner | 8.1701 | 8º | 6.5436 |
5º | Fernando Prass | 8.0244 | 4º | 7.2230 |
6º | Allan | 7.8369 | 15º | 6.1502 |
7º | Jumar | 7.6239 | 7º | 6.5780 |
8º | Renato Silva | 7.5177 | 14º | 6.1694 |
9º | Eder Luis | 7.2559 | 10º | 6.4859 |
10º | Romulo | 7.1944 | 11º | 6.3441 |
11º | Juninho | 7.0122 | 2º | 7.5664 |
12º | Nilton | 6.2855 | * | 5.9411 |
13º | Diego Souza | 5.8381 | 9º | 6.5347 |
14º | Diego Rosa | 5.6747 | 22º | 5.1615 |