Se tem uma coisa que vem deixando a torcida preocupada é o fato do Vasco não ter conseguido aproveitar as promessas oriundas de sua categoria de base. Apesar de nos últimos anos ter revelado atletas como Alex Teixeira, Souza e Phillipe Coutinho, o Gigante da Colina não possui hoje nenhum atleta capaz assumir a responsabilidade de organizar com maestria, como Ganso faz no Santos e Lucas no São Paulo, a parte ofensiva equipe profissional.
Para os torcedores, um clube que revelou atletas como Pedrinho, Geovanni, Roberto Dinamite, Romário e Felipe, só para ficar nos mais conhecidos, não pode ficar tanto tempo sem contar um grande talento da base nessa posição. Em meio as denúncias sobre a base que surgiram nos últimos tempos, os treinadores das categorias inferiores lutam para fazer do Vasco novamente um clube que forma seus craques em casa.
O bom trabalho pode ser visto com mais clareza nas categorias infantil e juvenil, que fizeram excelentes campanhas no Campeonato Estadual. Na primeira o cruzmaltino conquistou o título em cima do Fluminense e na segunda ficou com o vice-campeonato, perdendo para o mesmo rival. Dentre os milhares de atletas que brilharam pelas duas categorias, destacamos hoje o meio-campista Matheus Índio, presença constante nas Seleções de base e que é apontado como um dos grandes nomes da geração 96 do Gigante da Colina, que ainda conta com os ótimos Foguete, Danilo, Baiano e Thiago Mosquito, que também representam o país na mesma categoria.
Para dar mais informações ao torcedor sobre essa grande promessa, o SuperVasco.com procurou o próprio jogador e realizou uma pequena entrevista. O resultado desse bate-papo animado você pode conferir abaixo:
Fala um pouco da tua trajetória. Onde você começou? Quem sempre te apoiou? Por que quis se tornar jogador de futebol?
Comecei a jogar bola aos quatro anos numa escolinha. Era o Projeto Mel si, se eu não me engano, e fica na Pavuna, perto da minha casa. Meu primeiro treinador se chama Marcos Aurelio, a quem devo tudo. Sou muito grato a ele por tudo que me ele ensinou no futebol. Ser jogador é um sonho que tenho desde criançinha. Sempre contei com o apoio dos meus pais.
E o Vasco? Como foi parar em São Januário? Que foi o responsável por tua ida?
Fui levado após fazer um jogo contra eles em São Januário, mas não lembro o responsável pela minha ida. Mas quero dizer que foi uma satisfação imensa ser chamado para jogar no time que eu gosto.
E tuas características? Como você gosta de jogar? Quais são seus pontos fortes? Onde você acha que ainda pode melhorar?
Sou um meia-atacante rápido. Gosto de jogar centralizado, mas quando sou marcado individualmente gosto de cair pelos lados. Meu ponto forte é a velocidade, o drible e a conclusão em gol. Posso melhorar na marcação. Já estou tentando a melhorar.
Quais são teus ídolos no futebol? Em que jogador do Vasco você se inspira? Já te compararam com algum jogador?
Meus ídolos são o Ganso e o Neymar. No Vasco me Inspirava no Phillipe Coutinho, mas ele saiu. Agora eu não vejo ninguém. Meus amigos e algumas pessoas de fora dizem que sou semelhante ao , mas procuro ser eu mesmo .
E esse apelido de Índio? Como surgiu? Tem origem índigena?
Não, não. É mais porque eu pareço mesmo. Quem botou foram os meus treinadores. Ele foi pegando com o decorrer dos jogos, as pessoas foram falando e chamando, e agora não tem como mais fugir disso.
E esse título estadual? Qual a importância que ele tem para você? Fala um pouco sobre essa conquista.
Muito importante para carreira e para o amadurecimento. Todos sabiam da importância do título e está todo mundo de parabéns pelo ano que a categoria 96 fez. Para mim é uma alegria muito grande poder ajudar o Vasco a conquistar títulos.
O que representa o Vasco para você? Sonha em se tornar ídolo do clube?
Vasco é um clube Maravilhoso, com quem hoje eu tenho uma identificação grande. O clube que tem uma torcida maravilhosa. Penso sim em me tornar ídolo, mas penso primeiro em me tornar profissional. Só depois vou tentar seguir esses passos.
E Seleção? Quando ela entrou na sua vida? Considera importante fazer parte dela? Por quê?
Seleção é uma coisa boa, pois é importante para a carreira de um jogador. Também é muito bom ter o trabalho reconhecido. Mas chegar à seleção não é fácil, mas mais difícil ainda é ficar dentro dela. Hoje estou conseguindo me manter e jogar na seleção. É um orgulho de esta representando meu país.
Quem é o Matheus Índio? Como é o seu dia-a-dia sem ser jogar futebol? Quais suas preferências? O que você gosta de fazer?
Matheus Índio é um moleque alegre e que gosta de brincar, mas que possui objetivos na vida. No dia-a-dia gosto de praia, sol, zuação, namorar, curtir a vida e ser feliz. Minha preferência é a família, pois me sinto feliz ao lado deles.
Que mensagem você deixaria para a torcida vascaína?
Quero dizer a essa torcida maravilhosa e encantadora que vou dar muitas alegrias e honrar ao máximo a instituição Vasco da Gama.
Ficha de Matheus Índio
Nome: Matheus da Cunha Gomes
Data de Nascimento: 28/02/96
Altura: 1,70 m
Peso: 70 kg
Fonte: Supervasco