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Namorar jogador de futebol não é fácil. As viagens e concentrações são muitas e resta pouco tempo para ficar junto e curtir um ao outro. Agora, imagina quando, além de tudo isso, os dois moram em cidades diferentes? É o que acontece com Dedé, ídolo do Vasco, e Patricia. Cerca de duas horas e meia de carro separam o Rio de Janeiro de Volta Redonda e fazem a saudade aumentar ainda mais. Sem vê-lo há uma semana, a estudante de jornalismo espera que a concentração para o clássico contra o Botafogo não seja antecipada para poder ver o amado durante a tarde desta sexta, após o treino matinal.

Mesmo com tanta saudade, Patricia não perde o bom humor. Principalmente após uma atuação tão marcante de Dedé, na heroica vitória sobre o Universitario-PER, pela Sul-Americana. E justamente por isso, ela aproveitou para fazer este apelo ao técnico Cristóvão Borges. E, junto com o pedido, uma alfinetadinha.

- Achei até que eles fossem ganhar uma folga. Seria merecida né (risos)? Mas sei que domingo tem um clássico importante e o trabalho se faz necessário. Só espero que a concentração seja no sábado. Se for, estarei esperando o Dedé aqui para almoçarmos, comemorarmos e matarmos a saudade. Eu não o vi essa semana - afirmou.

Motivos para comemorar não faltam. Dedé foi destaque absoluto na vitória por 5 a 2 sobre o Universitário, que levou o Vasco pela primeira vez na história a uma semifinal de Sul-Americana. A emoção já foi imensa quando ele marcou o primeiro gol. Ao marcar o segundo, Patricia e a mãe do jogador, Maria Helena, foram para as janelas de suas casas gritar sem parar.

- Nós moramos na mesma rua e ficamos que nem umas loucas gritando na janela. Depois, voltamos logo porque ainda faltava um gol para a classificação. Foi uma noite muito especial. Depois do jogo, meu telefone não parava um minuto sequer. Tinha de dormir, mas quem disse que eu conseguia? Fui pro telefone e logo que consegui falei com ele. A emoção era imensa - lembrou Patricia, revelando que Dedé nem sabia que completaria 100 jogos pelo Vasco na noite de quarta.

- Quando ele ficou sabendo a animação veio logo. Sabia que poderia ser uma noite especial, mas não imaginava que seria desse jeito - admitiu.

Almoço com Ricardo Gomes foi determinante

Assim que acabou o jogo, Dedé ficou meio desnorteado em campo. Tirou a camisa e os meiões e jogou para a torcida. Em seguida, não conteve a emoção e chorou. Segundo Patricia, tudo isso foi um acúmulo de situações, sendo a principal o almoço com Ricardo Gomes na concentração vascaína.

- Perguntei se ele tinha chorado. Ele falou que não porque a felicidade em ver o Ricardo Gomes bem era enorme. Mas definitivamente foi um incentivo importante. O Dedé é muito racional, então para ele chorar daquele jeito foi porque tudo emocionou. O Ricardo, os 100 jogos, os gols, a classificação... Foi muita coisa! Ele merece - disse a apaixonada namorada.

Fonte: GloboEsporte.com