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NETVASCO - 24/10/2007 - 01:31 - Renato Gaúcho: 'É como tentar misturar água e gasolina'

Você emprestaria o seu apito para o Romário comandar o Vasco?

Emprestaria não só o apito, como também uma lata de tinta preta para pintar os cabelos. Ele vai ganhar muitos fios brancos neste jogo contra o América do México”.

Você acredita que o Romário vingará como treinador?

Nunca. Ou, melhor, somente vencerá na profissão se mudar o seu comportamento 101 por cento.

O que falta para ele ser um bom técnico?

Quase tudo. Ele odeia acordar cedo; não gosta de treinar. Só se ele trabalhasse todo dia virado. Saindo da nigth para o treino. É como tentar misturar água e gasolina. Não combinam.

Ele deu muito trabalho a você como seu jogador no Vasco?

Muito. Principalmente quando os treinos eram matinais. A sorte é que dentro de campo ele resolvia.

Você acha que ele vai sofrer muito, hoje, à beira do campo?

Não muito. Sabe por quê? Porque se a coisa estiver preta, ele poderá entrar em campo para resolver, pois ficará na reserva.

Não é estranho, você, sendo jogador e treinador ao mesmo tempo, tirar um atleta de campo para entrar no lugar dele?

É muito chato mesmo. Mas o pior é você ficar de fora tentando resolver um problema que não depende de você. Tem horas em que eu fico doido para jogar. Dá desespero.

Qual seria a fórmula ideal para o Baixinho vencer na profissão?

Muito simples. Basta arrumar um presidente de clube paciente, que permita que ele treine o time na praia, a partir do meio-dia, e que, à noite, siga com todos para a boate mais próxima (gargalhadas).

É possível acumular as funções de técnico e de jogador?

Sem chances. Não sobra tempo para fazer as duas coisas bem feitas.

Ele teria moral de chamar a atenção do jogador que faltasse ao treino por ter caído na noite?

— Seria complicado. O Romário sempre viveu na madrugada, mas não precisava treinar. Como era matador e jogava basicamente parado, não se dedicava. Logo, não serve como exemplo.

Mas você também era da madrugada...

Era sim. Mas sempre fui o primeiro a chegar aos treinos e puxava a fila. Eu gostava e precisava treinar porque o meu estilo de jogo exigia. E mais: eu resolvia em campo. Jogava demais.

Vocês, que foram ídolos, cobram postura de craque dos seus jogadores?

Eu, particularmente, me policio muito contra este tipo de cobrança. É covardia com eles. Não posso exigir que façam o que eu fiz. Se pegar muito no pé do jogador, ele acaba perdendo a confiança.

O Vasco tem interesse no seu auxiliar, Alexandre Mendes. Você o libera?

Nem pensar. O Alexandre é o meu braço direito, está muito bem nas Laranjeiras e fica comigo até o fim.

Fonte: O Dia


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