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NETVASCO - 04/05 - 02:06 - Roberto fala da volta ao Vasco após passar por Barcelona

O Vasco é um clube com dificuldades de se renovar. Dos 23 jogadores contratados neste ano, oito já foram dispensados. Ontem, chegou mais um, vindo do Sudão, escolhido por DVD. Neto, apoiador de 26 anos, ainda vai conhecer melhor a história da nova família. Há 25 anos, bastou uma contratação para o clube reafirmar sua grandeza. No dia 4 de maio de 1980, depois de frustrada passagem pelo Barcelona, Roberto Dinamite voltou para marcar todos os gols do time na vitória por 5 a 2 sobre o Corinthians.

Na preliminar, numa tarde de rodada dupla no Maracanã, o Flamengo vencera o Bangu por 3 a 0. Dentre os 107 mil pagantes, rubro-negros e corintianos se uniram nas arquibancadas, mas a Fla-Fiel acabou sendo duplamente derrotada. Dias antes, o Flamengo chegou a anunciar a contratação de Roberto ao Barcelona. Com narração do saudoso rubro-negro Jorge Cury a Rádio Globo criou um gol imaginário do Flamengo, marcado por Roberto após tabelinha com Zico.

A vinheta despertou a reação da torcida e fez os dirigentes se mexerem. Como ainda não tinha recebido integralmente os US$ 900 mil pela venda de Roberto, em dezembro de 79, o Vasco conseguiu impedir a transferência para o Flamengo.

— Infelizmente, como vascaíno que sou, tenho que reconhecer que só voltei para o Vasco por causa do Flamengo, que esteve na Espanha primeiro para me contratar — lembra Roberto.

O artilheiro ainda se sentia traído pelo Vasco. Não apenas pelos 15% sobre a transação que o clube lhe negara:

— Quando o Barcelona abriu mão de mim, procurei pelo Vasco e eles não me quiseram. Fiquei triste.

E gostou da conversa dos dirigentes rubro-negros Márcio Braga e Joel Tepet. Roberto precisava da atenção que não recebera no Barcelona. Na época, não havia brasileiros nem craques globalizados com quem dialogar. O futebol era duro como o sotaque catalão. No Flamengo, Roberto seria campeão mundial, título que o Vasco jamais conquistou:

— Não me arrependo. Foi o melhor para mim profissional e emocionalmente. Mesmo o Flamengo sendo aquela grande equipe, minha casa era o Vasco e continua sendo — afirma Roberto.

Na verdade, o Flamengo de Zico jamais seria tão grande sem o Vasco de Roberto. A mesma rivalidade que determinou a sua volta foi a que sustentou a última geração romântica do futebol do Rio.

Na época, o Vasco era o atual vice-campeão brasileiro e o único time carioca que já conquistara o título, em 1974. Faltavam 25 dias para a primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil. Vaiado na Espanha, afastado pelo técnico, que o considerava lento, o artilheiro voltou para os braços da antiga paixão.

— Não cheguei a ter dúvidas sobre meu futebol, mas jamais poderia imaginar que faria cinco gols logo na volta — diz.

Era fácil jogar naquele Vasco, que conservava a base dos anos anteriores. Torcedores com mais de 30 anos ainda devem lembrar-se daquele time: Mazzaropi, Paulinho Pereira, Léo (Juan), Ivan e Paulo César; Pintinho, Guina e Dudu; Catinha, Roberto e Wilsinho (João Luís).

Fonte: O Globo



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