Netvasco - 10/02 - 15:41 -
Prefeitura indeniza Vasco por gracinha de funcionário
Rubro-negros, tricolores e botafoguenses devem tomar cuidado neste Carnaval, na hora de pegar no pé de seus coirmãos do Vasco. A gracinha pode custar caro. No fim do ano passado, a prefeitura foi condenada a pagar ao clube 100 salários mínimos nacionais (R$ 18 mil) por conta da piada de um servidor. O funcionário bem-humorado resolveu implicar com seus desafetos vascaínos justamente na guia do IPTU. No espaço reservado ao destinatário do carnê de imóvel na Rua General Almério de Moura, em São Cristóvão, em vez do nome do Vasco, o palhaço de gabinete tascou lá: 'Otário da Gama - Rebaixado do Carnaval'.
A provocação veio depois que a Unidos da Tijuca caiu para a "Segunda Divisão" do samba do Rio, ao homenagear o clube de São Januário, em 1998, pela passagem de seus 100 anos de existência. Na ocasião, versos como "Rio de Janeiro, brasileiro, meu irmão / Sou Vasco da Gama, tantas vezes campeão / Quando entra no gramado, me alucina / Esse clube da Colina, centenário de paixão" não empolgaram a 'avenida', muito pelo contrário.
Embora a deselegância tenha sido cometida na gestão de seu antecessor, o prefeito Cesar Maia se mostrou indignado com o abuso, ao ser informado do caso, pela reportagem do DIA, na sexta-feira. "Só agora fiquei sabendo disso. Vou checar com a Secretaria (Municipal de Fazenda) e, se for o caso, pedir mil desculpas ao clube que eu tanto respeito e que foi o time de meu pai", informou o botafoguense Cesar, por correio eletrônico.
O prefeito não precisa se dar ao trabalho de checar. O Município já perdeu em segunda instância, e a Procuradoria-Geral nem pensa em recorrer a Brasília. Está mais do que satisfeita com a redução do valor da condenação, de 600 (R$ 108 mil) para 100 salários mínimos. "Com isso, já conseguimos um êxito razoável", avalia o subprocurador-geral do Município, Alberto Guimarães Júnior.
No Vasco, a diretoria alega que o que está em jogo no processo não é o dinheiro, mas a honra da cruz-de-malta, os danos morais. "Esse processo é muito mais importante pela atitude do que pelo valor", diz o vice jurídico do Vasco, Paulo Reis.
Por enquanto, quem continua rindo por último é o autor da pilhéria, ainda impune em algum andar do Piranhão, na Cidade Nova. A Procuradoria-Geral do Município admite que não será fácil chegar ao responsável. De acordo com Alberto Guimarães Júnior, à época, muitos servidores tinham acesso à senha que permitiria alterar o nome do destinatário da guia do imposto. Até agora, na caçada ao humorista anônimo, os arapongas da Prefeitura já eliminaram os vascaínos. Só falta bater o universo de suspeitos na torcida do Flamengo, do Flu, do Botafogo...
Fonte: O Dia
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