Última vitória do Vasco diante do Juventude foi o jogo do acesso em 2009 com recorde de público no Maracanã
Era dia 7 de novembro de 2009, quando mais de 80 mil torcedores do Vasco festejavam o retorno à elite do futebol brasileiro e vibravam na vitória por 2 a 1 sobre o Juventude, no Maracanã. Uma festa que quebrou o recorde de público do futebol brasileiro naquele ano, repleta de lágrimas de alívio no gramado e na arquibancada, e que contou até com jogador de linha no gol.
Dezesseis anos depois, os times voltam a se enfrentar neste sábado, pela 33ª rodada do Brasileirão, mas um tabu incômodo permanece: o Vasco não vence o Juventude desde então. Mas como foi essa partida pela Série B de 2009? O ge relembra os detalhes abaixo:
O jogo
Foram 81.904 presentes no jogo que tinha tudo para confirmar o acesso. Depois de seu primeiro rebaixamento, a torcida do Vasco abraçou o time e adotou o lema: "o sentimento não pode parar" para 2009. O Maracanã tornou-se o palco de grandes festas e via, com frequência, o torcedor vascaíno quebrar recordes de público. O resultado foi uma sintonia especial entre torcida e time ao longo de toda a temporada - e permitiria que o acesso estivesse a uma vitória de distância naquela tarde de 7 de novembro.
Comandada por Dorival Júnior, a equipe vascaína abriu o placar com Adriano, autor de cinco gols na campanha do título da Série B de 2009. Naquele momento, o grito de campeão já dominava o Maracanã.
O segundo tempo começou tenso: o Juventude pressionou, obrigou Fernando Prass a fazer boas defesas e chegou a empatar com Irineu, zagueiro ex-Flamengo, em cabeceio após cobrança de falta. O empate não era trágico - o Vasco mantinha uma boa vantagem na liderança e sabia que acesso e título eram questão de tempo. Mas os milhares de vascaínos queriam festejar já naquele sábado.
Pouco depois de Dorival chamar Alex Teixeira para entrar em campo, Adriano foi novamente decisivo. Autor do primeiro gol, o atacante deu um lençol em Juninho, goleiro do Juventude, que fez a falta contra o último homem e acabou expulso. A equipe gaúcha já havia feito as três alterações e mandou Mendes, jogador de linha, para o gol. O meia Carlos Alberto aproveitou, fez 2 a 1 de pênalti e sacramentou o resultado.
Após a partida, os jogadores vibraram bastante no gramado e mostraram para a torcida duas faixas: "O sentimento nos trouxe de volta" e "Obrigado pelo amor infinito". No fim, houve até volta olímpica com o capitão Carlos Alberto carregando um enorme número 1, simbolizando a volta para a elite do futebol brasileiro.
A vitória levou o Vasco aos 70 pontos, abrindo sete para o então vice-líder Ceará e 13 para o Figueirense, 5º colocado. Com apenas 12 pontos em disputa, o acesso à elite do Brasileirão foi matematicamente confirmado. A equipe ainda seria campeã com 76 pontos conquistados, tendo o atacante Élton como artilheiro do torneio, com 17 gols.
Escalação do Vasco:
Fernando Prass, Paulo Sérgio, Fernando, Titi e Ramon; Nilton, Souza (Alex Teixeira), Allan e Carlos Alberto (Magno); Adriano e Elton (Aloísio). Técnico: Dorival Júnior
Tabu de vitórias
O Vasco não vence o Juventude desde então. Os times se reencontraram apenas três vezes desde o duelo pela Série B de 2009: foram dois confrontos no Brasileirão de 2024 - 2 a 0 para os gaúchos em Caxias do Sul e 1 a 1 em São Januário - e um no primeiro turno do atual campeonato, com nova vitória alviverde por 2 a 0 no Alfredo Jaconi.
Neste sábado, o duelo se repete pela 33ª rodada do Brasileirão. Jogando em São Januário, o Vasco tenta se recuperar das duas derrotas seguidas contra São Paulo e Botafogo para manter chances reais de classificação à Libertadores. O Juventude é o 18º colocado, tem 29 pontos e segue em situação delicadíssima na luta contra o rebaixamento.
Fonte: ge