Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Rafael Paiva após Vasco 3 x 2 Bahia
Rafael Paiva aprovou a atuação do Vasco na vitória por 3 a 2 sobre o Bahia na noite desta segunda-feira, no jogo que encerrou a 31ª rodada do Brasileirão. Sua equipe fez um grande primeiro tempo e abriu três gols no placar, viu o adversário diminuir em São Januário, mas segurou a segunda vitória consecutiva na competição.
Na coletiva depois da partida, Paiva disse que viu o Vasco "mais leve" nesta segunda, em comparação com o jogo contra o Cuiabá, na quinta-feira passada.
- O que mais preocupava, principalmente no jogo anterior, era o desgaste mental. A gente sabia que hoje o jogo iria fluir mais. Era um adversário muito difícil, o Bahia tem a melhor posse do Brasileiro. A gente sabia que precisava pressionar, encaixar contra-ataques. A gente sabia que precisava descansar com a bola, se não a gente não ia sustentar a intensidade do jogo. Conseguimos controlar a posse e isso deu energia para atacar, ter a melhor decisão - disse o treinador.
"O time estava mais leve, inteiro, mentalmente forte. A gente fez um primeiro tempo bom, tomou gol no finalzinho. Mas hoje a gente fez um grande jogo. Quatro jogadores diferente entraram, mostraram potencial. A gente está muito feliz com o resultado", completou.
Para Rafael Paiva, a reação do Bahia no segundo tempo tem mais mérito do adversário do que demérito do Vasco.
- Passa muito pelo ímpeto do adversário. Eles começam a se atirar mais para o jogo, com mais jogadores na última linha. Passa mais por isso do que a gente não conseguir (defender). A gente teve chance de fazer um quarto gol, com Payet. A gente poderia ter controlado mais, a gente criou para isso. No final, o adversário vai para o tudo ou nada. Teve muito mérito do Bahia, mas a gente suportou bem - acredita ele.
Com dois gols e grande atuação em São Januário, Dimitri Payet foi o nome do jogo. O francês atuou como titular no lugar de Coutinho, poupado. Paiva se rendeu à atuação do seu camisa 10.
"É um privilégio ver uma atuação do Payet nesse nível", afirmou.
- Feliz de ver isso. A gente espera atingir mais vezes com o Payet esse nível de jogo. Ele é um craque, hoje demonstrou. Uma pena, ele teve oportunidade de fazer o terceiro gol, é uma raridade no Brasil. É um jogador muito competitivo. Quer jogar, estar se esforçando para se desenvolver fisicamente. É um jogador com idade mais avançada, a gente tem que ter paciência - completou.
- Ele entrou menos no último jogo, então estava mais inteiro. A gente tem que ver jogo a jogo para tomar a melhor decisão em relação ao Payet, o Coutinho, em relação aos dois juntos. A gente tem que perceber como vai ser nos próximos dias para tentar atingir o máximo dos dois. Independentemente se vai entrar um, outro ou os dois juntos - concluiu o técnico do Vasco.
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Duas vitórias em casa
- Jogar em casa faz muita diferença. A gente teve um setembro muito difícil, nenhum jogo no Rio. Adversários difíceis, alguns da parte de cima. A gente sofreu bastante. Em casa faz toda diferença, a torcida empurra demais, ambiente é outro.
Mudanças na escalação
- Hoje, tivemos quatro jogadores diferentes. Galdames tem uma qualidade grande, seleção chilena. A gente sabe que quando entrasse, daria conta. Em algum momento, teve fase ruim. A gente tem muito jogador talentoso, se a torcida apoiar, vão entregar coisa boa. O Galdames se dedica, aguerrido, tem qualidade técnica. Rayan teve oscilações para baixo, mas tem muito potencial. O Maicon entrou no lugar do Léo. A gente confia no grupo, tem um grupo muito bom. A gente precisa provar em campo que tem qualidade, a gente vai buscar coisas maiores na competição.
Situação de Rayan
- Ele tomou uma pancada no joelho no primeiro tempo e sentiu no início do segundo. Deu uma travada, mas acredito que não seja nada grave.
Gramado do Engenhão, onde o Vasco enfrenta o Botafogo na próxima rodada
- O último jogo que a gente fez no Engenhão foi um bom jogo, foi contra o Fluminense. A gente precisa tentar atingir aquele nível. Sabemos do peso, o Botafogo vai brigar pelo título do Brasileiro. Vai ser um grande clássico para almejar coisas maiores.
Utilização da base
- Para mim, é um prazer colocar atletas da base. Eles têm potencial para o profissional. Sem dúvida, estar brigando na primeira página é muito melhor para colocar os atletas do que na segunda página ou brigando contra o Z-4. A gente vai tentar ter cautela para utilizar, respeitando os jogadores do elenco que estão desde o início da temporada. Tem muito potencial lá, a gente precisa dos atletas da base, a gente precisa dar minutagem. A gente teve o prazer de colocar o Alegria, jogador que vem muito bem no sub-23. A gente vai, com critério, tentar ser o mais assertivo possível para dar mais minutagem aos jogadores da base
Paulo Henrique e Puma
- É uma dobra que está dando certo. Cada vez mais refinado nos movimentos, leituras, parte defensiva. Hoje, o Puma fez mais um grande jogo. Mais um jogador que oscilou, a torcida pegou no pé. A gente precisa ter paciência, é um jogador de nível de seleção uruguaia, foi convocado nas últimas duas rodadas de Data Fifa. A gente fica satisfeito com ele rendendo como foi hoje. A gente fica satisfeito.
Carga mental nos último jogos
- O jogo passado não tenho dúvida que foi a carga mental do Atlético que a gente estava carregando. A gente foi no limite para buscar a final da Copa do Brasil e a gente foi até o limite. A gente sabia que carregaria isso no jogo com o Cuiabá. Hoje a gente estava mais leve, passando a ressaca moral. O foco é o Brasileiro, a gente tem coisas maiores para brigar. Mentalmente, a gente estava mais focado. Marcar a gente sempre marcou. A gente não estava conseguindo era controlar o jogo, respirar. Hoje, a gente conseguiu botar a bola no chão, segura. E isso foi fundamental para conseguir os três primeiro gols. A gente espera manter o equilíbrio de defender bem, ter posse de bola, selecionar o ataque, controlar o jogo, principalmente, em casa. A gente precisa fazer isso nos próximos sete jogos.
Fonte: ge