Venda da SAF e reforma de São Januário são os desafios de Pedrinho no Vasco até o fim do ano
O fim da temporada de 2024 se aproxima, e o Vasco, além de buscar um desfecho tranquilo no Brasileirão, tem pendências importantes a serem resolvidas fora de campo. A busca por um comprador para a SAF e a reforma de São Januário são os desafios mais urgentes da gestão de Pedrinho nos próximos dois meses.
O ge aponta as cinco principais pautas da direção vascaína nos próximos dois meses.
Venda da SAF
Desde antes do litígio com a 777 Partners, o Vasco busca um novo sócio para a SAF. O clube carioca tem conversas com a A-CAP na busca de um comprador para o futebol do clube, mas qualquer acordo de venda das ações da SAF do Vasco está muito distante.
Nos últimos dias, o banco BTG Pactual acenou com oferta por parte das ações da A-CAP, correspondentes a 31% - aquelas adquiridas pela 777 em três anos de aportes no contrato com o Vasco. Em outro momento, a Crefisa também chegou perto de comprar as ações da 777, mas o negócio não foi concretizado.
Venda do potencial construtivo de São Januário
A venda do potencial construtivo de São Januário é o primeiro passo para a reforma do estádio do Vasco. Depois de ter conversas bem encaminhadas com um possível parceiro, segundo o presidente Pedrinho, as negociações travaram, e o clube precisou recalcular a rota no mercado.
— Não é fácil de vender, não é tão fácil. Tinha uma coisa bem encaminhada, mas deu uma travada e estamos renegociando — disse Pedrinho, em entrevista ao programa "Amigos Futebol Clube", no fim de setembro.
O ge apurou que Pedrinho fez referência às tratativas para vender o maior pedaço do potencial, um negócio que, caso tivesse sido fechado, seria o suficiente para o início das obras. As conversas continuam, tanto por essa maior parte do potencial, quanto pela venda de parcelas menores.
Início das obras e onde jogar durante a reforma
Com o planejamento de vender a maior parte do potencial construtivo ainda neste ano, o Vasco projeta iniciar as obras da reforma de São Januário. O objetivo da diretoria de Pedrinho era que as obras começassem em dezembro, logo após o fim do Campeonato Brasileiro. Desta forma, o estádio vascaíno viveria seus últimos jogos nesta temporada.
No entanto, outra questão surge: onde o Vasco vai jogar até São Januário ser reformado por completo? O Estádio Nilton Santos e o Maracanã surgem como alternativas, mas o clube carioca precisaria negociar com os rivais Botafogo, ou Flamengo e Fluminense, respectivamente.
Honrar os compromissos
Depois da ação que removeu a 777 do quadro de sócios da SAF, a primeira promessa de Pedrinho na gestão do futebol do Vasco foi honrar os salários do clube até o fim do ano. Com uma folha salarial alta para os padrões do futebol brasileiro e sem a presença ativa de um sócio, a direção tem conseguido cumprir com as obrigações até aqui
O dinheiro conquistado na Copa do Brasil ajudou o Vasco desde que a SAF passou a ser administrada pela associação. O clube também fez antecipações de receitas para manter o clube em funcionamento, como o da venda de Marlon Gomes ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Sem grandes receitas, o desafio da direção será seguir com as obrigações em dia.
Planejar o ano de 2025
São muitas questões fora de campo que impactam diretamente dentro das quatro linhas. O novo sócio será majoritário e trará um novo plano esportivo? A associação terá participação no futebol e será ouvida, o que não aconteceu com a 777?
E se a venda não for realizada, como será o planejamento dentro e fora de campo? De qualquer forma, a gestão de Pedrinho deve planejar o futebol da temporada que vem com antecedência para o Vasco não ficar à mercê.
Contratações e saídas de jogadores também são pautas importantes, até na questão financeira, para aliviar a folha salarial e montar um time competitivo sendo mais assertivo no mercado.
Fonte: ge